terça-feira, 26 de agosto de 2008

SOMOS SERVOS E NÃO SENHORES


Somos servos e não senhores

Vivemos num mundo onde as pessoas dão demasiado valor à autoridade e ao poder. Na maioria das vezes esse desejo ocorre de forma negativa porque quem assim o quer, quando consegue, administra de forma a dominar, a subestimar, desvalorizar e até humilhar quem permanece numa posição inferior. Pois àqueles sentem necessidade de autoridade e poder para dominar e não administrar o objeto de desejo para o bem do próximo.
Muitas vezes até, o desejo de poder sobrepõe a própria remuneração, pois o ego se exalta e a pessoa se vangloria e se orgulha de estar numa posição “supostamente” superior, pois sente que quem é mais, pode mais.
Por outro lado, o desejo de poder e autoridade podem ser vistos de forma positiva e construtiva, visando a administração do objeto de desejo para o bem do próximo. E isso ocorre quando quem o adquire, põe-se a serviço, como se estivesse na posição de quem está abaixo de si, e assim o faz com amor.
“Aqueles que foram constituídos acima dos outros se gloriem tanto deste ofício de prelado como se estivessem sido destinados ao ofício de lavar os pés dos irmãos.” (admoestações 4,2 – Fontes Franciscanas)
Francisco, com efeito, concebe a autoridade como serviço, simplesmente porque assim é dito no Evangelho. Jesus, o Filho de Deus, veio para servir. Francisco designa de ministros, ou seja, servos, os que são colocados à frente dos irmãos.
“Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos e servo de todos”. (Mc 9, 35)
E assim deverá ser entre nós. Caso contrário, estaríamos sendo maiores que o próprio Deus, que é Rei e Senhor. E estaríamos no caminho da perdição.
A natureza serve. A irmã água, tão preciosa, humilde e casta, lava e dessedenta. A nossa mãe terra produz frutos para a vida dos animais e dos humanos. A lei da vida é a do serviço.
Servir é a mais sublime maneira de amar. Cuidemos, pois, de estarmos apostos como verdadeiros soldados de Cristo, prontos para a batalha. Se for preciso até, humilhemo-nos, para que Ele nos exalte.

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