terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Aos meus amigos


Carinho é fonte energética.
Carinho é caminho de amor.
Carinho nunca é demais.
A afetividade é importante, sim.
Pois, como um ser humano ainda imperfeito,
ainda aprendiz, pode bastar-se a si mesmo?
Não, amigos, a individualidade, sem dúvida,
é direito de cada um de nós.
Mas, em excesso, é egoísmo.

Viemos aqui para aprender.
Aprendizagem é sinônimo de troca de experiências,
troca de energia, troca de informações,
troca de afeto, troca e troca...

Carinho é plumagem bonita, macia, gostosa de sentir.
Quem dá afeto se fortifica;quem o recebe se acalma,
se tranqüiliza, se equilibra.

Carinho é sinônimo de amor, amigos.
Amor é bálsamo para a nossa condição de criança espiritual.
Criança precisa de amor para crescer psicologicamente,
afetivamente e fisicamente saudável.

Criança precisa de apoio e de muita troca.
Portanto, também nós precisamos de afeto.
Não esqueçam desse detalhe amigos:
amor é fonte de energia, é vida, é crescimento.
Dêem e aceitem todo o tipo de afeto com verdadeiro amor.
(Castilho)(Texto psicografado e autorizado pela SEGRAV)

Agradeço a todos os meus amigos que estiveram comigo, este ano, em todas as horas. Na alegria, na dor, na enfermidade, no trabalho....agradeço àqueles que ajudaram a enxugar minhas lágrimas na tempestade e à todos que me olharam e me trataram com igualdade e não com altivez.

Agradeço a falta de pressa, o olho no olho, a fidelidade, a partilha de qualquer forma, a companhia, a lealdade, a tolerância, o doar-se, o esvaziar-se...
Agradeço a todos que descobri que são verdadeiramente meus irmãos, independente de religião, pastoral, espiritualidade, raça, sexo, tampouco distância, pois aprendi que distância não existe quando se decide por Amar.

Particularmente descobri e vi verdadeira luz entre vocês , que iluminou a minha vida e clareou a minha mente, o que me fez perceber quem está realmente disposto a abraçar a Cruz Divina com Amor e a batalhar pela reconstrução da Igreja.
Agradeço a Deus, Todo Poderoso, pela abundância de seus benefícios em minha vida e na vida de vocês este ano. E rogo-Lhe que abençõe a todos e conceda toda paz, saúde, felicidade e perseverança nas dificuldades neste ano vindouro.

Amo vocês!!!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Súplica de Fim de Ano


“Nós vos louvamos, Pai Nosso, com os que sabem louvar-vos.
Nós vos louvamos com o louvor de vosso Filho Jesus Cristo
E com o canto de Maria.
Nós vos louvamos com o Te Deum laudamus
e com o cântico ao irmão sol de Francisco de Assis”.


“Por doze vezes seja louvado”.


Nós vos louvamos
Com a voz dos três jovens mais fortes que as chamas
No fundo da Babilônia
E com a oração breve das crianças,
De cujos lábios brota o melhor louvor”


“Por doze vezes sede louvado”.


“Aceita também que vos louvemos agora
Com os sinos de fim de ano,
Que nos falam de vós como Senhor do Tempo
E de nossa alegria de vivê-lo”.

“Por doze vezes seja louvado”.


“Nós vos damos graças
Pelo ano de vida que nos destes
E pelo ano de história que fizestes conosco.
Recomendamo-vos
Aqueles que não terminaram o ano em nossa casa
Porque os chamastes para vossa casa paterna”.

“Por doze vezes seja louvado”.


“E começamos louvando-vos
Pelos responsáveis da Igreja
Que custodiam a herança da fé
E pelos profetas cristãos
Que a interpretam pelas vozes do Espírito
E os sinais dos tempos.
Nós vos louvamos
Pela luz incessante
Com que esclareceis a partir do Evangelho
O destino do ser humano
E a libertação dos pobres da terra”.


“Por doze vezes seja louvado”.


“Nós vos louvamos
Pelas Bem-aventuranças de Jesus
E pela mensagem social da Igreja.
Pelos santos canonizados este ano
E pelos fiéis nos quais
Se configura a santidade oculta da Igreja”

“Por doze vezes seja louvado”.


“Nós vos louvamos também
Pelos homens e mulheres de boa vontade
Ou de ânimo conciliador
Que trabalharam para melhorar o mundo”.

“Por doze vezes seja louvado”.


“E sede louvado, Pai,
Pelos que serviram o próximo
Em caridade, em justiça,
Em promoção humana,
Pelos que ensinam aos que não sabem
Ler, pensar, opinar
Em uma sociedade que se aproveita
Da ignorância de quem é simples”.

“Por doze vezes sede louvado”.


“E com alegria vos louvamos
Por todos aqueles que nasceram este ano,
Chamados a compartilhar conosco
A mesa da terra
E o Reino dos Céus.
Por eles e por nós,
Agora vos pedimos
Que estendais vossa misericórdia,
Capaz de fazer o bem onde o mal tem poder
Sobre o que ainda resiste ao vosso louvor”.

“Por doze vezes sede louvado”.


“Mas em vós, Senhor, esperamos
Um ano e outro,
E sabemos que nossa esperança
Não será defraudada para sempre”.

Por doze vezes sede louvado”.
Amém.

(José Luis Blanco – extraída do livro “Celebrações da Comunidade”, de Casiano Floristán)

domingo, 28 de dezembro de 2008

Receita de ano novo


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?)


Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo,
eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
(Carlos Drummond de Andrade)

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Viva a vida e faça dela um eterno Natal!


É muito triste perceber que vivemos num mundo de pessoas apressadas, fechadas, embotadas. È insuportável dar-se conta de que vivemos num mundo de zumbis, mortos vivos, que se preocupam apenas com o ter e esquecem de viver.

As pessoas estão sempre apressadas. Existe pressa para tudo, pressa para chegar ao trabalho, para sair dele, pressa para comer, para beber, para dormir, para comprar, para ganhar dinheiro. Só não existe pressa para viver, para aproveitar o que realmente há de bom na vida, principalmente amar!

Por onde quer que andemos, encontramos rostos sem expressão ou com expressão de pressa, de urgência, mas é uma urgência de ter, de conseguir sempre mais e quanto mais se tem, mais se deseja ter; e assim nos afundamos na pressa, nos tornamos prisioneiros da pressa, dos passos rápidos, firmes.

Na pressa vamos caminhando ligeiramente recordando todos os compromissos, vamos fazendo planos para ter mais, para ser mais... Temos pressa, na fila do banco, no transito, nos bares e restaurantes, estamos sempre correndo contra o relógio. 24 horas parecem muito pouco para quem tanto a realizar, é preciso correr!

E na pressa nos esfriamos, deixamos de lado o amor, a verdadeira alegria de ser benção na vida do outro. Tornamos-nos máquinas frias e sem vida, zumbis, mortos vivos.

Quantos jovens estão na droga, na prostituição porque seus pais estavam apressados, ocupados demais em ter, em acumular, em progredir, que não foram capazes de cuidar do bem mais precioso que são seus filhos. Foram capazes de pagar aulas de inglês, espanhol, dar toda sorte de bens materiais, mãos foram incapazes de gastar alguns minutos dando o que seus filhos mais precisam: Amor!

É muito bonito, muito fácil, gritar, se indignar diante dos noticiários da TV, lamentar ao descobrir que seus filhos estão no submundo, mas porque ninguém para pra pensar onde é que esta o erro, o que esta causando tudo isto? Porque ninguém diz, que tudo isto é culpa da presa diária, do egoísmo, da avareza, da busca desenfreada pelo ter mais?

Se o mundo está à beira do colapso, se deve integralmente as ações humanas. È por causa da pressa em ter, em buscar sempre mais o material. As pessoas passam pela vida como quem dirige seu carro numa rodovia a mais de 200 km/h, passa por tantas coisas belas, mas não aproveita, não observa a beleza a sua volta pois a pressa o cega, a velocidade o impede de perceber beleza nos vultos que se passam em seu pára-brisas, ou que se refletem eu seus retrovisores deixando visível apenas a negrura do asfalto. Sim, é assim a vida de quem tem pressa, uma imensa e negra estrada! Quem corre na vida vê apenas o lado ruim, o lado negro da vida como quem corre no asfalto vê apenas os buracos da estrada.

As pessoas estão cada vez mais fechadas, embotadas, são sim, zumbis, mortos vivos, escravos da pressa, da busca incessante pelo material, são seres incompletos, incapazes de ver as belezas da vida, são incapazes de um gesto de generosidade, são incapazes de parar um segundinho para observar os pássaros, a beleza de uma flor; e principalmente incapazes de amar!

As pessoas se mostram cada vez mais desconectadas da realidade, vivem num pseudomundo; num mundinho fechado, numa redoma de egoísmo, completamente incapazes de amar, de se importar com o outro, incapazes de um ato de generosidade, de um estender a mão. As pessoas na pressa esquecem de que possuem um coração, esquecem da importância de amar. As pessoas passam pela vida tão apressadamente que morrem sem nunca ter vivido...

“Pior que morrer é passar pela vida sem nunca ter vivido!”

Infelizmente há quem passe pela vida sem nunca ter vivido, há quem passe pela vida sem ter acrescentado nada de bom, sem nunca ter amado, porque quem se preocupa apenas com a acumulação material não vive, vegeta na escravidão da pressa, do egoísmo, da loucura pelo ter e pelo poder!

Meu desejo de Natal, é que este não seja mais um Natal de zumbis que repetem frases feitas de feliz natal, se lançam na bebedeira e na ansia em ganhar presentes, e presentes bons, caros... Que este seja o Natal de pessoas vivas, pessoas com o coração cheio de esperança, cheio de amor; que seja o Natal de pessoas generosas, pacientes, tranqüilas, dispostas a partilhar o quem tem com aqueles que nada possuem; que este seja um Natal em que os zumbis desaparecem da face da terra dando lugar a pessoas generosas, dispostas a partilhar, a viver no amor; que seja um natal de pais que dividem alegrias e lagrimas com seus filhos, o Natal das famílias unidas, restauradas; que seja o Natal do reencontro, do renascimento, onde as pessoas descobrem a beleza de viver. Que todos percebam o quanto a vida é bela e que a vida foi feita para ser vivida. Que todos possam dar e receber o maior de todos os presentes, o bem mais precioso que alguém pode receber: o Amor! E que então todo dia seja Natal!

Que o Autor da Vida, o Senhor da Vida, nos abençoe para que vivamos em plenitude, na plenitude do amor e se assim for do seu agrado, que alcancemos na eternidade a vida em plenitude. Amém!

Por: Théo Freire

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Oração Diante do Presépio


Menino das palhas, Menino Jesus, menino de Maria, aqui estou diante de ti.
Tu viestes de mansinho, na calada da noite, no silêncio das coisas que não fazem ruído.
Tu é o menino amável e santíssimo, deitado nas palhas porque não havia lugar para ti na casa dos homens tão ocupados e tão cheios de si.
Dá a meus lábios a doçura do mel e à minha voz o brilho do cantar da cotovia, para dizer que vieste encher de sentido os dias de minha vida.
Não estou só: tu és o companheiro de minha vida, tu choras as minhas lágrimas, e tu te alegras com minhas alegrias, porque tu és meu irmão.
Tu viestes te instalar feito um posseiro dentro de mim e não quero que teu lugar seja ocupado pelo egoísmo que me mata e me aniquila, pelo orgulho que sobe à cabeça, e pelo desespero.
Sei, Menino de Maria, que a partir de agora, não há mais razão para desesperar porque Deus grande, belo, Deus magnífico e altíssimo se tornou meu irmão.
Santa Maria, Mãe do Senhor, Palácio de Deus, catedral iluminada do altíssimo, tu estás perto do Menino que envolves em faixas com carinho preparadas por tua mão.
José, bom José, carpinteiro de mãos duras, coração abençoado, homem justo guarda de meu Menino das Palhas, protege esse Deus que se tornou mendigo do nosso amor.
Oh Menino Jesus, Hoje é festa de claridade e dia de luz.
Tu nascestes para os homens na terra de Belém.
Dá que contemplando o teu presépio, eu possa imprimir na minha alma, o mistério da tua encarnação.
Faze, que eu possa manifestar em minha vida, junto às pessoas que me cercam, o singelo segredo da bondade que apareceu no meio de nós.
Obrigado Jesus, pelo teu Natal, pelo nosso Natal, Amém.

Por: Francisco Magaldi/José Lourenço. Adaptação do texto: Padre Jorjão.

Natal : Vida – Nascimento, Paixão e Ressurreição


Natal, Natividade, Nascimento, Vida. Dia de graça que celebramos o dom da vida dAquele que veio pra nos salvar. Menino nascido nas palhas, nu, pobre e humilde. Menino que veio para anunciar e mostrar a Realeza, a Verdade insculpida no mais precioso dos bens: o Amor. Amor sublime e verdadeiro, do qual extraímos as maiores riquezas que nos fazer crescer e nos tornar verdadeiros homens, homens perfeitos aos olhos do Pai.

Mostrou-nos em seu nascimento e em sua existência a importância da pobreza, que ensina a nos despojar do que nos afasta de Deus e os faz despojar, através da doação e do sentimento de posse, de coisas, de pessoas. O despojamento nos remete a multiplicação, a partilha, a igualdade, a justiça.

Mostrou-nos a humildade, através do serviço, do rebaixamento de verdadeiros discípulos, de verdadeiros adoradores, de verdadeiros apóstolos, que aprenderam a lavar os pés uns dos outros com o exemplo de seu mestre.

Rogo ao Senhor essa força de amar sem medida, que me faz lavar os pés de meus irmãos diariamente, no serviço ao próximo.

Mostrou-nos a caridade, estando ao lado e servindo os fracos e pequeninos, os desprezados e marginalizados pela sociedade que os massacra e oprime.

Menino Deus, humilde, que vem até nós todos os dias, descendo de seu trono real ao seio da Virgem, às mãos do sacerdote, o qual é consagrado sob a aparência humilde do pão sagrado. Creiamos, pois, que é o nosso Deus Vivo e Verdadeiro, presente no Sagrado Sacramento do Amor, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade – nosso maior alimento. Sem Ele não vivemos. Sem Ele não há vida.

Nascimento, Paixão e Ressurreição. Eis o caminho percorrido pelo menino Deus, que se fez homem e habitou entre nós. Eis o caminho a ser percorrido pelo Cristão, rumo a Jerusalém Celeste.

Deus humilde e pobre no nascimento.
Deus humilde e humilhado em sua paixão.
Deus humilde e glorioso em sua ressurreição.
Diante de tamanha grandeza e realeza, só nos basta dizer, assim como Maria:

“Senhor, eis-me aqui! Faça-se!” ao Senhor que se doa todos os dias a nós e está sempre a dizer:
“Eu sou o pão da vida. Quem comer deste pão viverá eternamente”
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida”
“Eu vim para que todos tenham vida e a tenha em abundância.”
“Eis que eu estarei convosco todos os dias, até o fim dos tempos.”

Natal não é utopia. Natal é realidade, pois a vida não é utopia, é realidade.
Infelizmente a nossa realidade é triste, pois esta celebração deveria ser vivida todos os dias, através do milagre da multiplicação, através da partilha. Se cada um dividisse um pãozinho no meio e partisse um peixinho ao meio e desse a quem não tem nada, seria um milagre e daí por diante. E não seria somente a metade, seriam dois, ao olhar do otimista. O Cristão deve ser otimista, inquieto, diante da realidade existente. “Senhor, minhas mãos solicitas... Meu cansaço, que aos outros descansem...”
Triste realidade do egoísmo e da soberba, que mata milhares dos filhos de Deus, nossos irmãos, diariamente. Difícil arregaçar as mangas sem saber o que fazer, para onde ir, por onde começar... Recorro diariamente à pergunta do Seráfico Pai Francisco: “Senhor, que queres que eu faça? Senhor, que queres de mim? Mostra-me os teus caminhos. Senhor que queres de mim?”

“Eu vim para que todos tenham vida e a tenha em abundância.”

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Mais uma vez


Mas é claro que o sol
Vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei

Escuridão já vi pior
De endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem

Tem gente que está do mesmo lado que você
Mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Tem gente enganando a gente
Veja a nossa vida como está
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança

Mas é claro que o sol
Vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei

Escuridão já vi pior
De endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem

Nunca deixe que lhe digam
Que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia a gente aprende

Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança

(Flávio Venturini / Renato Russo)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Nossa Senhora de Guadalupe - 12 de Dezembro



Como toda aparição de Nossa Senhora, a que é venerada hoje é emocionante também. Talvez esta seja uma das mais comoventes, pelo milagre operado no episódio e pela dúvida lançada por um bispo sobre sua aparição a um simples índio mexicano. Tudo se passou em 1531, no México, quando os missionários espanhóis já haviam aprendido a língua dos indígenas. A fé se espalhava lentamente por essas terras mexicanas, cujos rituais astecas eram muito enraizados. O índio João Diogo havia se convertido e era devoto fervoroso da Virgem Maria. Assim, foi o escolhido para ser o portador de sua mensagem às nações indígenas. Nossa Senhora apareceu a ele várias vezes. A primeira vez, quando o índio passava pela colina de Tepyac, próxima da Cidade do México, atual capital, a caminho da igreja. Maria lhe pediu que levasse uma mensagem ao bispo. Ela queria que naquele local fosse erguida uma capela em sua honra. Emocionado, o índio procurou o bispo, João de Zumárraga, e contou-lhe o ocorrido. Mas o sacerdote não deu muito crédito à sua narração, não dando resposta se iria, ou não, iniciar a construção. Passados uns dias, Maria apareceu novamente a João Diogo, que desta vez procurou o bispo com lágrimas nos olhos, renovando o pedido. Nem as lágrimas comoveram o bispo, que exigiu do piedoso homem uma prova de que a ordem partia mesmo de Nossa Senhora. Deu-se, então, o milagre. João Diogo caminhava em direção à capital por um caminho distante da colina onde, anteriormente, as duas visões aconteceram. O índio, aflito, ia à procura de um sacerdote que desse a unção dos enfermos a um tio seu, que agonizava. De repente, Maria apareceu à sua frente, numa visão belíssima. Tranqüilizou-o quanto à saúde do tio, pois avisou que naquele mesmo instante ele já estava curado. Quanto ao bispo, pediu a João Diogo que colhesse rosas no alto da colina e as entregasse ao religioso. João ficou surpreso com o pedido, porque a região era inóspita e a terra estéril, além de o país atravessar um rigoroso inverno. Mas obedeceu e, novamente surpreso, encontrou muitas rosas, recém-desabrochadas. João colocou-as no seu manto e, como a Senhora ordenara, foi entrega-las ao bispo como prova de sua presença. E assim fez o fiel índio. Ao abrir o manto cheio de rosas, o bispo viu formar-se, impressa, uma linda imagem da Virgem, tal qual o índio a descrevera antes, mestiça. Espantado, o bispo seguiu João até a casa do tio moribundo e este já estava de pé, forte e saudável. Contou que Nossa Senhora "morena" lhe aparecera também, o teria curado e renovado o pedido. Queria um santuário na colina de Tepyac, onde sua imagem seria chamada de Santa Maria de Guadalupe. Mas não explicou o porquê do nome. A fama do milagre se espalhou. Enquanto o templo era construído, o manto com a imagem impressa ficou guardado na capela do paço episcopal. Várias construções se sucederam na colina, ampliando templo após templo, pois as romarias e peregrinações só aumentaram com o passar dos anos e dos séculos. O local se tornou um enorme santuário, que abriga a imagem de Nossa Senhora na famosa colina, e ainda se discute o significado da palavra Guadalupe. Nele, está guardado o manto de são João Diego, em perfeito estado, apesar de passados tantos séculos. Nossa Senhora de Guadalupe é a única a ser representada como mestiça, com o tom de pele semelhante ao das populações indígenas. Por isso o povo a chama, carinhosamente, de "La Morenita", quando a celebra no dia 12 de dezembro, data da última aparição. Foi declarada padroeira das Américas, em 1945, pelo papa Pio XII. Em 1979, como extremado devoto mariano, o papa João Paulo II visitou o santuário e consagrou, solenemente, toda a América Latina a Nossa Senhora de Guadalupe.

Disse então Maria:



A minha alma engrandece ao Senhor,

E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador;

Porque atentou na baixeza de sua serva; Pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada,

Porque me fez grandes coisas o Poderoso; E santo é seu nome.

E a sua misericórdia é de geração em geração Sobre os que o temem.

Com o seu braço agiu valorosamente; Dissipou os soberbos no pensamento de seus corações.

Depôs dos tronos os poderosos, E elevou os humildes.

Encheu de bens os famintos, E despediu vazios os ricos.

Auxiliou a Israel seu servo, Recordando-se da sua misericórdia;

Como falou a nossos pais, Para com Abraão e a sua posteridade, para sempre.


(Lc1,47-55)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Imaculada Conceição de Maria - 08 de dezembro


O dogma da Imaculada Conceição de Maria é um dos dogmas mais queridos ao coração do povo cristão. Os dogmas da Igreja são as verdades que não mudam nunca, que fortalecem a fé que carregamos dentro de nós e que não renunciamos nunca.

A convicção da pureza completa da Mãe de Deus, Maria, ou seja, esse dogma, foi definida em 1854, pelo papa Pio IX, através da bula "Ineffabilis Deus", mas antes disso a devoção popular à Imaculada Conceição de Maria já era extensa. A festa já existia no Oriente e na Itália meridional, então dominada pelos bizantinos, desde o século VII.

A festa não existia, oficialmente, no calendário da Igreja. Os estudos e discussões teológicas avançaram através dos tempos sem um consenso positivo. Quem resolveu a questão foi um frade franciscano escocês e grande doutor em teologia chamado bem-aventurado João Duns Scoto, que morreu em 1308. Na linha de pensamento de são Francisco de Assis, ele defendeu a Conceição Imaculada de Maria como início do projeto central de Deus: o nascimento do seu Filho feito homem para a redenção da humanidade.

Transcorrido mais um longo tempo, a festa acabou sendo incluída no calendário romano em 1476. Em 1570, foi confirmada e formalizada pelo papa Pio V, na publicação do novo ofício, e, finalmente, no século XVIII, o papa Clemente XI tornou-a obrigatória a toda a cristandade.

Quatro anos mais tarde, as aparições de Lourdes foram as prodigiosas confirmações dessa verdade, do dogma. De fato, Maria proclamou-se, explicitamente, com a prova de incontáveis milagres: "Eu sou a Imaculada Conceição".

Deus quis preparar ao seu Filho uma digna habitação. No seu projeto de redenção da humanidade, manteve a Mãe de Deus, cheia de graça, ainda no ventre materno. Assim, toda a obra veio da gratuidade de Deus miseriordioso. Foi Deus que concedeu a ela o mérito de participar do seu projeto. Permitiu que nascesse de pais pecadores, mas, por preservação divina, permanecesse incontaminada.

Maria, então, foi concebida sem a mancha do orgulho e do desamor, que é o pecado original. Em vista disso, a Imaculada Conceição foi a primeira a receber a plenitude da bênção de Deus, por mérito do seu Filho, e que se manifestou na morte e na Ressurreição de Cristo, para redenção da humanidade que crê e segue seus ensinamentos.

Hoje, não comemoramos a memória de um santo, mas a solenidade mais elevada, maior e mais preciosa da Igreja: a Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria, a rainha de todos os santos, a Mãe de Deus.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Olhar com olhos espirituais


Uma das formações que tivemos em nossa fraternidade e que foi muito proveitosa , falava sobre “olhar com os olhos espirituais ou com os olhos do coração”.
Esta é uma atitude que procuro realizar diariamente, para não me deixar ser enganada pelas artimanhas do encardido. Outrora sofri muito por olhar o mundo somente com os olhos corporais e me deixei enganar. Porém, à medida que fui abandonando o mundo, aproximando-me e tendo um contato mais intimo com o Senhor, Ele foi me concedendo olhar as pessoas com olhos espirituais, o que nada mais é, com os seus próprios olhos. Certamente não é nada fácil, pois requer entrega absoluta e confiança incondicional ao Pai. E tenho me sentido uma pessoa agraciada por obter tamanho bem. Porém repito, é um exercício diário, assim como a conversão é um processo diário, ou até “horário”, pois vivemos num mundo que, apesar de muitos de nós não pertencer, mas somente viver nele, temos momento de aridez espiritual e precisamos ser perseverantes na caminhada.
Aprendemos na formação sobre a questão de quem olha e a forma pela qual se olha determinada situação. Se for com olhos meramente corporais, será certamente ofuscada pela opinião formada do mundo e na maioria das vezes não corresponde a realidade. Se for com os olhos espirituais, a visão será clara, límpida e verdadeira, pois o nosso entendimento estará sendo conduzido pelo Espírito Santo.
Olhar com os olhos espirituais nos conduz a realizar uma prática diária de profunda intimidade com o Amor Eterno, que é Deus, através de orações, penitências, confiança, entrega absoluta a vontade do Pai. Precisamos de interiorização conosco mesmo, com nosso “eu” e nesse encontro encontramos o Deus Altíssimo.
O Seráfico Pai Francisco era pura emoção e sentimento e entre muitas lágrimas e absoluta entrega, estava sempre em contato direto com o Altíssimo.
Fala-se muito em equilíbrio entre razão e emoção, mas eu acredito que o contato direto, o téte-a-téte, direto com o Senhor, só se realiza através do sentimento, da emoção partilhada, pois a linguagem de Deus é o Amor vivido e demonstrado. E só aprendendo e partilhando a linguagem do Amor, aprendemos a viver plenamente.
Todos nós já fomos mal interpretados em nossas atitudes ou ainda seremos. Eu mesma já caí no erro de interpretar erroneamente algo visto ou vivido, por olhar com olhos meramente corporais. Isso é um perigo, um risco muito grande para nossas vidas, pois prejudica a convivência com nossos irmãos, conhecidos ou desconhecidos e pode até impedir de criar laços fraternos.
O Amor de Deus é para ser vivido, proclamado, expressado, por palavras, exemplos e obras. “Uma lâmpada não fica escondida embaixo da mesa”. Ocorre que o olhar do mundo e/ou corporal somente julga e faz um pré-conceito (preconceito) da situação vivida ou ocorrida e na maioria das vezes negativamente.
Eu, muitos irmãos e amigos já fomos vítimas desses “olhares” do mundo, os quais nos julgaram por expressões de carinho e de afeto.

Vale lembrar: “ O essencial é invisível aos olhos” (do Livro: O Pequeno Príncipe – Antoine de Saint-Exúpery)

Precisamos e devemos expressar e proclamar o Amor de Deus, por Palavras, por Obras, com Gestos. Afinal, para quê Deus nos ensinou e nos deixou esses exemplos todos?
Percebo hoje um mal muito grande que é a preocupação com o que as pessoas irão pensar se fizer ou deixar de fazer isto ou aquilo. Se for de Deus, Façam!!! Precisamos estar atentos ao que Deus pensa da gente e não ao que as pessoas pensam.
Além dos familiares, irmãos e amigos também falam “Eu te Amo”, também demonstram gestos de carinho e amor. E isso é muito nobre. É Deus se fazendo presente, através desses atos. Não é vergonha nenhuma demonstrar essas atitudes a irmãos, amigos amados e queridos por nós. Ao contrário, isso é uma prova de amor a Deus. Quem quiser julgar, depois será julgado por Quem de direito e poderá ver que além de errar feio, esqueceu de viver por olhar com os olhos errados.
Portanto, caríssimos irmãos em Cristo, lembremos e nos alegremos com a frase que tanto gostamos de ouvir: “Vejam como eles se amam!” E façamos a nossa parte. Se tivermos a oportunidade de levar este ensinamento, que não é nosso, mas que vem do Alto, aos nossos irmãos que ainda têm os olhos fixados na opinião formada do mundo, façamos porque a nossa missão é viver e ensinar o Amor de Deus ao próximo. E sinceramente, isso é muito bom!!!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Lágrimas Que Purificam


Lágrimas falam mesmo
Quando estão escondidas no olhar
Mas se elas rolam
É a dor que já não dá pra suportar
Lágrimas que purificam
Lágrimas que santificam
E dão força ao coração

Lágrimas doem pra valer
Mas sempre há de prevalecer
Toda a vontade do Senhor
Presente em minha vida

Os sonhos que não alcanço
Eu me pergunto: "Por quê Deus não quis?"
Mas sei que ele vê mais longe
E ele sabe o que é bom pra mim
E se eu chorar a noite inteira
Logo pela manhã o meu Senhor
As minhas lágrimas enxugará, enxugará.

(Adriana)

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Nossa Senhora


Cubra-me com seu manto de amor
Guarda-me na paz desse olhar
Cura-me as feridas e a dor, me faz suportar

Que as pedras do meu caminho
Meus pés suportem pisar
Mesmo feridos de espinho
Me ajude a passar

Se ficaram mágoas em mim
Mãe tira do meu coração
E aqueles que eu fiz sofrer
Peço perdão

Se eu curvar meu corpo na dor
Me alivia o peso da cruz
Interceda por mim minha mãe
Junto a Jesus

Nossa Senhora, me dê a mão
Cuida do meu coração
Da minha vida, do meu destino

Nossa Senhora, me dê a mão
Cuida do meu coração
Da minha vida, do meu destino
Do meu caminho, cuida de mim

Sempre que o meu pranto rolar
Ponha sobre mim suas mãos
Aumenta minha fé a acalma meu coração


Grande é a procissão a pedir
A misericórdia e o perdão
A cura do corpo e pra alma
A salvação

Pobres pecadores ó Mãe
Tão necessitados de Vós
Santa Mãe de Deus tem piedade de nós

De joelhos aos Vossos pés
Estendei a nós Vossas mãos
Rogai por nós Vossos filhos
Meus irmãos

Nossa Senhora, me dê a mão
Cuida do meu coração
Da minha vida, do meu destino

Nossa Senhora, me dê a mão
Cuida do meu coração
Da minha vida, do meu destino
Do meu caminho, cuida de mim

Rogai por nós Santa Mãe de Deus,
para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Amém!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Mãe! Eu tô na Globo!


Algo há anos me indigna, é que dentro de nossas comunidades há uma grande disparidade comportamental. Há pessoas que só aparecem em dia de festas e grandes eventos em paralelo a irmãos dedicados, que dão o sangue pela obra.

Fico irritado ao extremo ver que muitos de nossos irmãos se dizerem comprometidos com a causa do reino, com a obra do Senhor, mas não aparecem quando é necessário, não participam de reuniões, formações e das celebrações mais simples, mas tem a cara de pau de dar o ar da graça em dias de festa, celebrações solenes e eventos de grande porte!

Na verdade estes estão ai apenas para aparecer mesmo, estão apenas em busca de euforia, de oba-oba. São pessoas medíocres em busca de status, de autopromoção.

Pior que estes são os Lideres (coordenadores, ministros, etc.) que permitem que esta palhaçada continue e ate dão crédito a esta raça peçonhenta! Isto é absolutamente injusto e inadmissível, pois muitas vezes estes folgados caras-de-pau, tiram de um irmão dedicado, fiel e constante, perseverante a oportunidade de realizar um trabalho para o qual está apto e desejoso de realizar!

Vejo muitos irmãos se entristecerem por que têm vontade de realizar certos trabalhos, mas estes são entregues a esta corja de folgados que só apareça quando da audiência!

A meu ver gente deste tipo deveria ficar fora das equipes de trabalho, aliás, deveriam ser proibidos de tomar parte em qualquer coisa que seja; deveriam ficar de fora mesmo! Já que ficam o ano todo, que fiquem nos momentos de festa, nos momentos solenes, importantes também!

Quem quiser se aparecer, façam como fazem muitos torcedores de futebol, levem cartazes ao estádio com os dizeres: “Mãe eu to na Globo!” ou “ Me filma Galvão!”.

Posso ate parecer terrorista ou exagerado com este artigo, mas não estou exagerando em nada! A Verdade é que Igreja não é nem nunca foi ou será lugar para aparecer, Igreja não é lugar para evento social, para ascender aos mais altos graus da sociedade! Quem quer se promover, subir, participar da alta sociedade, deve buscar restaurantes de luxo, boates de renome, cabeleireiro famoso, concertos de música clássica, se filiar a clubes, etc. e vale ainda lembrar aquele velho ditado: “Quer aparecer? Pendure uma melancia no pescoço”!

Quero citar aqui também os famosos “puxa-saco”, que ficam feito carrapatos grudados no pé do padre e dos lideres ( coordenadores, ministros, etc.). A maioria destes católicos de festa são verdadeiros capachos, bajuladores de seus superiores, e fazem de tudo para se auto promover, mesmo sem cumprir depois com as responsabilidades inerentes a esta “ promoção”!

Devemos valorizar mais e olhar com mais amor para os nossos irmãozinhos perseverantes e fieis que no dia-a-dia dão o sangue, trabalham duro pela obra, e mandar os folgados pra geladeira!
Por: Theo Freire