sábado, 26 de dezembro de 2009

Suplica de Fim de Ano

DEUS2

“Nós vos louvamos, Pai Nosso, com os que sabem louvar-vos.
Nós vos louvamos com o louvor de vosso Filho Jesus Cristo
E com o canto de Maria.
Nós vos louvamos com o Te Deum laudamus
e com o cântico ao irmão sol de Francisco de Assis”.

“Por doze vezes seja louvado”.

Nós vos louvamos
Com a voz dos três jovens mais fortes que as chamas
No fundo da Babilônia
E com a oração breve das crianças,
De cujos lábios brota o melhor louvor”

“Por doze vezes sede louvado”.

“Aceita também que vos louvemos agora
Com os sinos de fim de ano,
Que nos falam de vós como Senhor do Tempo
E de nossa alegria de vivê-lo”.

“Por doze vezes seja louvado”.

“Nós vos damos graças
Pelo ano de vida que nos destes
E pelo ano de história que fizestes conosco.
Recomendamo-vos
Aqueles que não terminaram o ano em nossa casa
Porque os chamastes para vossa casa paterna”.

“Por doze vezes seja louvado”.

“E começamos louvando-vos
Pelos responsáveis da Igreja
Que custodiam a herança da fé
E pelos profetas cristãos
Que a interpretam pelas vozes do Espírito
E os sinais dos tempos.
Nós vos louvamos
Pela luz incessante
Com que esclareceis a partir do Evangelho
O destino do ser humano
E a libertação dos pobres da terra”.

“Por doze vezes seja louvado”.

“Nós vos louvamos
Pelas Bem-aventuranças de Jesus
E pela mensagem social da Igreja.
Pelos santos canonizados este ano
E pelos fiéis nos quais
Se configura a santidade oculta da Igreja”

“Por doze vezes seja louvado”.

“Nós vos louvamos também
Pelos homens e mulheres de boa vontade
Ou de ânimo conciliador
Que trabalharam para melhorar o mundo”.

“Por doze vezes seja louvado”.

“E sede louvado, Pai,
Pelos que serviram o próximo
Em caridade, em justiça,
Em promoção humana,
Pelos que ensinam aos que não sabem
Ler, pensar, opinar
Em uma sociedade que se aproveita
Da ignorância de quem é simples”.

“Por doze vezes sede louvado”.

“E com alegria vos louvamos
Por todos aqueles que nasceram este ano,
Chamados a compartilhar conosco
A mesa da terra
E o Reino dos Céus.
Por eles e por nós,
Agora vos pedimos
Que estendais vossa misericórdia,
Capaz de fazer o bem onde o mal tem poder
Sobre o que ainda resiste ao vosso louvor”.

“Por doze vezes sede louvado”.

“Mas em vós, Senhor, esperamos
Um ano e outro,
E sabemos que nossa esperança
Não será defraudada para sempre”.

Por doze vezes sede louvado”.
Amém.
(José Luis Blanco – extraída do livro “Celebrações da Comunidade”, de Casiano Floristán)

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

ORAÇÃO PELA FAMÍLIA NO NATAL

 

PRESEPIO

Senhor Jesus, diante de teu presépio, venho pedir por minha família.

Abençoa as  pessoas que amo, onde quer quer estejam.

Que dentro de nosso lar habite a confiança de tua mãe, Maria, o zelo de teu pai, José, e a inocência de teu rosto de criança.

Afugenta de nossa casa as dores, lágrimas e angústias causadas por tantos Herodes que lutam por matar nossos sonhos de paz.

Condede-nos a saúde do corpo e da alma, para que possamos cantar teus louvores a cada dia deste novo ano.

Que nossas portas estejam sempre abertas para ti,nas visitas que nos fazes em tantos rostos sofridos.

Dá-nos a alegria de tua presença em nosso lar: o maior de todos os presentes possíveis. E abençoa Senhor, minha casa, meu lar, minha família neste Natal, Amém.

PADRE JORJÃO

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Imaculada Conceição de Maria

 

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O dogma da Imaculada Conceição de Maria é um dos dogmas mais queridos ao coração do povo cristão. Os dogmas da Igreja são as verdades que não mudam nunca, que fortalecem a fé que carregamos dentro de nós e que não renunciamos nunca.


A convicção da pureza completa da Mãe de Deus, Maria, ou seja, esse dogma, foi definida em 1854, pelo papa Pio IX, através da bula "Ineffabilis Deus", mas antes disso a devoção popular à Imaculada Conceição de Maria já era extensa. A festa já existia no Oriente e na Itália meridional, então dominada pelos bizantinos, desde o século VII.


A festa não existia, oficialmente, no calendário da Igreja. Os estudos e discussões teológicas avançaram através dos tempos sem um consenso positivo. Quem resolveu a questão foi um frade franciscano escocês e grande doutor em teologia chamado bem-aventurado João Duns Scoto, que morreu em 1308. Na linha de pensamento de são Francisco de Assis, ele defendeu a Conceição Imaculada de Maria como início do projeto central de Deus: o nascimento do seu Filho feito homem para a redenção da humanidade.


Transcorrido mais um longo tempo, a festa acabou sendo incluída no calendário romano em 1476. Em 1570, foi confirmada e formalizada pelo papa Pio V, na publicação do novo ofício, e, finalmente, no século XVIII, o papa Clemente XI tornou-a obrigatória a toda a cristandade.


Quatro anos mais tarde, as aparições de Lourdes foram as prodigiosas confirmações dessa verdade, do dogma. De fato, Maria proclamou-se, explicitamente, com a prova de incontáveis milagres: "Eu sou a Imaculada Conceição".


Deus quis preparar ao seu Filho uma digna habitação. No seu projeto de redenção da humanidade, manteve a Mãe de Deus, cheia de graça, ainda no ventre materno. Assim, toda a obra veio da gratuidade de Deus miseriordioso. Foi Deus que concedeu a ela o mérito de participar do seu projeto. Permitiu que nascesse de pais pecadores, mas, por preservação divina, permanecesse incontaminada.


Maria, então, foi concebida sem a mancha do orgulho e do desamor, que é o pecado original. Em vista disso, a Imaculada Conceição foi a primeira a receber a plenitude da bênção de Deus, por mérito do seu Filho, e que se manifestou na morte e na Ressurreição de Cristo, para redenção da humanidade que crê e segue seus ensinamentos.


Hoje, não comemoramos a memória de um santo, mas a solenidade mais elevada, maior e mais preciosa da Igreja: a Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria, a rainha de todos os santos, a Mãe de Deus.

Fonte: Paulinas On Line

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Luz para discernir

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Mt 9,27-31
Jesus saiu daquele lugar, e no caminho dois cegos começaram a segui-lo, gritando:
- Filho de Davi, tenha pena de nós!
Assim que Jesus entrou em casa, os cegos chegaram perto dele. Então ele perguntou:
- Vocês crêem que eu posso curar vocês?
- Sim, senhor! Nós cremos! - responderam eles.
Jesus tocou nos olhos deles e disse:
- Então que seja feito como vocês crêem!
E os olhos deles ficaram curados. Aí Jesus ordenou com severidade:
- Não contem isso a ninguém!
Porém eles foram embora e espalharam as notícias a respeito de Jesus por toda aquela região.

 

Vivemos dias tumultuados, deixando nos envolver com as coisas do mundo e muitas vezes esquecemos que, para discernir as mensagens que o mundo nos traz, precisamos da Luz do Espírito.

A visão somente dos olhos corporais ofuscam a realidade, não nos deixando percebê-la de forma confiável.

Somente a Luz Divina poderá nos mostrar o que precisamos ver. Enxergar com os olhos espirituais e seguir o caminho apontado pelo Senhor para realizar a sua vontade.

Peçamos em nossas orações e súplicas os dons do Espírito Santo, dentre eles o Discernimento. E estaremos aptos para a caminhada rumo a Pátria Celeste.

Paz e Bem.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Uma vida que valha a pena viver

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Lucas 19, 11-28
Como foste fiel nas coisas pequenas, recebe o governo de dez cidades (Lc 19, 17)

 

Viver é sempre um empreendimento exigente. Vive bem aquele que caminha, avança, progride e rende.  Hoje em dia, época fissurada em lucros, compreendemos bem o sentido da conhecida parábola dos talentos. Sim, os discípulos de Cristo precisam fazer render, no bom sentido,  tudo o que receberam e recebem de graça da parte do Senhor e da vida.


Pode acontecer que devido ao cansaço, ou ao medo de perder o que temos, caiamos na tentação de querer conservar o dado e não produzir, com o recebido, o novo.  Há pessoas acomodadas, outras medrosas, outras ainda decepcionadas com a vida ou traumatizadas por fatos de tal sorte que  ficam no seu canto... esperando a hora da prestação de contas...


Há a frutificação do ser humano que se concretiza num cultivo da inteligência e da vontade.  Não somos objetos a serem conservados, mas pessoas destinadas ao crescimento. Crescemos estudando, observando, comparando... Crescemos exercitando o querer, a vontade.  Não podemos nos deixar levar pela moda, mas pela inteligência e vontade, somos seres de discernimento. Analisamos, estudamos e examinamos opções, fazemos escolhas. Inteligência e vontade são talentos a serem trabalhados.


Há a frutificação do casamento.  Um homem e uma mulher caminham juntos, colocam em comum suas riquezas interiores, seus trabalhos, revisam seus passos, reorientam os projetos, iluminam sua vida de bem querer com a fé cristã, procuram ser um casal generosamente aberto ao mundo.

 

Não querem ser casalzinho fechado, preocupado narcisisticamente  com suas coisas. Não se perpetuam como um casal  acanhado, consumista, apequenado. Frutificam seu amor conjugal.


Há uma frutificação profissional. Ninguém pode optar por um caminho profissional meramente para lucros e obtenção de admiráveis resultados financeiros. O médico de valor trabalhará, investirá, dedicar-se-á aos outros numa persistente vontade de colocar o melhor de si a serviço dos outros. O médico de valor pesquisa, perscruta cada aspecto da doença e da saúde. Encanta-se com a arte de cuidar e de curar.


Há a frutificação da vida crista. De graça recebemos, de graça damos.  Ninguém pode enterrar seus talentos ou ser minimalista em termos de restituição ao Senhor do bem recebido. A frutificação haverá de se manifestar de diferentes meios e modos.  O discípulo cultivará áreas de intimidade com o Senhor em seu coração na oração, meditação, contemplação. Será alguém coerente, envidando todos os empenhos para que o interior corresponda ao exterior. Não  será o que parece dizer, mas o que efetivamente vive.  Frutifica  aquela pessoa que está sempre à disposição do Evangelho. Tem sempre a convicção de que tudo foi feito e tudo resta por fazer.


Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM

Fonte: Franciscanos On Line

sábado, 7 de novembro de 2009

Esperança

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Cântico da Esperança


Não peça eu nunca
para me ver livre de perigos,
mas coragem para afrontá-los.


Não queira eu
que se apaguem as minhas dores,
mas que saiba dominá-las
no meu coração.


Não procure eu amigos
no campo da batalha da vida,
mas ter forças dentro de mim.


Não deseje eu ansiosamente
ser salvo,
mas ter esperança
para conquistar pacientemente
a minha liberdade.


Não seja eu tão covarde, Senhor,
que deseje a tua misericórdia
no meu triunfo,
mas apertar a tua mão
no meu fracasso!


Rabindranath Tagore

domingo, 18 de outubro de 2009

Qual é a sua cela?

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Francisco, com efeito, é visitado pelo Espírito. Ele “sempre procurava um lugar escondido em que pudesse unir a seu Deus não só o espírito, mas também cada membro. Quando era subitamente agraciado em público pela visita do Senhor, para não estar sem cela, fazia do manto uma pequena cela. Muitas vezes, faltando-lhe o manto, para não revelar o maná escondido, cobria o rosto com a manga. Sempre interpunha algo aos presentes, de modo que, inserido entre muitos no estreito espaço de um navio, rezava sem ser visto. Finalmente, não podendo nada destas coisas, fazia do peito um templo. O esquecimento de si e a absorção em Deus fizeram desaparecer tosses e gemidos, respirações duras e gestos externos” (2Celano 94).

Qual é a sua cela?

Nós cristãos sabemos o quanto é importante e necessária uma vida de oração. Nem digo diária. Mas vou mais além: o tempo todo. Sei que não é nada fácil devido à correria de todos os dias... trabalho, estudo, o barulho que nos envolve em vários lugares, tirando nossa atenção, nossa paz e nos deixando nervosos e com a atenção desviada para qualquer coisa, menos voltada para Deus. E esse desvio de atenção e a falta de oração não pode nos fazer bem. Ao contrário, só nos fazem mal. Nossos corações vão se tornando vazios, ansiosos, nervosos, angustiados, irritados. E isso não faz bem nem para o nosso espírito, nem para nossa mente, tampouco para nosso corpo. Espírito, mente e corpo deve estar em perfeita sintonia, senão tudo desanda.

Por isso a necessidade de estarmos o tempo inteiro em espírito de oração. Se estivermos numa condução onde não somos os condutores do veículo, podemos rezar o terço e se o veículo estiver transitando em estradas conservadas podemos orar através de livros de orações (porque se a condução não é confortável, isso pode ocasionar o descolamento da retina ocular). E até mesmo oração pessoal é muito eficaz.

Estar com o pensamento e o coração voltados para o Alto. Isto é oração. É encontro pessoal com Deus. Ele está em todos os lugares, todo tempo. Portanto, há necessidade de procurarmos a adaptação ao meio que vivemos ou estamos momentaneamente. NOSSO CORAÇÃO É A NOSSA CELA. Se conseguirmos mergulhar nos braços do Espírito em qualquer lugar e situação, será um passo bem grande para entrar e estar em perfeita sintonia com a Divindade e nossos corações conhecerá a verdadeira doçura espiritual. Acordar e respirar o Espírito. Desfrutar de sua doçura nas primeiras horas do dia e entregar a Ele o nosso dia. Durante o dia, trabalhemos, estudemos e façamos todas as coisas nos braços do Espírito. O Bem Maior, o Divino Consolador, nosso Maior Advogado. Roguemos sempre, através da interseção da Santa Mãe, de nossos Santos Anjos Protetores e de nossa Guarda e nossos Santos Protetores e Guias Espirituais.

Com isso, sentiremos a diferença nos acontecimentos diários. Nossas atitudes e comportamentos mudam diante de determinados acontecimentos. Teremos paz naqueles instantes em que outrora “teríamos vontade até de entrar numa briga”.

Já tive essa sensação. Cheguei a me perguntar: “ Essa sou eu”? O mundo nos envolve se fracassamos em nossas obrigações com o Altíssimo.

Na maioria das vezes sou uma pessoa tranquila e calma. Mas já me vi em várias situações em que a paciência já passou muito longe de mim. Meu pavio é muito curto e posso dizer que a disciplina adquirida através da oração me ajuda muito.Isso é conversão. Pra vida toda. Como eu disse logo no começo do texto: não é diário. E sim o tempo todo. Porque diário me dá certa impressão de fazer algo em determinados momentos do dia. É o meu ponto de vista.

Mesmo a passos lentos, não devemos deixar de caminhar, pois parados não chegaremos a lugar algum.

A oração e a meditação nos fazem lembrar nossa obrigação cristã: anunciar o Evangelho, por palavras e por obras. Busquemos com todas as nossas forças o aperfeiçoamento de nossa fé, aplicando o que Deus nos ensina em nossas atividades diárias.

Procuro a liberdade. Não Vejo Deus como um Pai opressor, que castiga, que obriga. Ele nos deu o livre arbítrio. Por outro lado, deixou-nos a maior preciosidade: A sua PALAVRA. E creio que a minha vocação é o Amor. E o Amor é livre.

A passos lentos, sem pressa, mas buscando a perfeição da caridade. Pedra por pedra, com esperança. Senão eu morrerei em vida.

Ajo assim no meu trabalho que amo demais. Apesar de viver numa tensão diária, não consigo hoje imaginar fazendo algo diferente do que eu faço. Procuro a perfeição. Porque eu amo. E o Senhor nos disse: “Sede perfeitos como o vosso Pai é perfeito”. Dou o meu sangue onde trabalho, adquiri o estresse e outras coisas desagradáveis. Mas me cuido, porque quero continuar dando meu sangue, pois tenho esperança e acredito na VERDADE. O trabalho é um dom. Trabalhar é uma graça. Busco a perfeição. Preciso buscar a perfeição em tudo que me cerca, onde vivo, onde convivo, mas como eu disse, pedra por pedra. Sei que o Senhor conhece as minhas limitações melhor do que eu e às vezes erro pensando que estou acertando. Remédio: ORAÇÃO.

“Tudo o que pedirdes ao Pai em Meu nome, serás atendido”. DEUS É FIEL E CUMPRE TODAS AS SUAS PROMESSAS.

Tenho um oratório em cima de minha mesa de trabalho. É muito bom. Mais uma forma de estar sempre atenta onde meu coração deve estar, pedir socorro e agradecer. Preciso muito.

Sem esquecer-se das missas, das adorações Eucarísticas, enfim, o que rege a nossa fé. Tudo isso é força, é energia espiritual, é paz, é domínio de si, é aprendizado, é esvaziamento de si, é encher o coração de Deus... se precisa de mais ....dobra, triplica as orações. Ela é que nos põe em contato direto com o nosso Bem Maior.

 

VEM ESPÍRITO SANTO. VEM ORAR EM MIM QUE EU NÃO SEI REZAR.

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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Padroeira do Brasil

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Oração a Nossa Senhora Aparecida


Ó incomparável Senhora da Conceição Aparecida,
Mãe de Deus, Rainha dos Anjos,
Advogada dos pecadores,
refúgio e consolação dos aflitos e atribulados,
Virgem Santíssima,
cheia de poder e de bondade,
lançai sobre nós um olhar favorável,
para que sejamos socorridos por vós,
em todas as necessidades em que nos acharmos.
Lembrai-vos, ó clementíssima Mãe Aparecida,
que nunca se ouviu dizer
que algum daqueles que têm a vós recorrido,
invocado vosso santíssimo nome
e implorado a vossa singular proteção,
fosse por vós abandonado.
Animados com esta confiança,
a vós recorremos.
Tomamo-vos para sempre por nossa Mãe,
nossa protetora, consolação e guia,
esperança e luz na hora da morte.
Livrai-nos de tudo o que possa ofender-vos
e ao vosso Santíssimo Filho, Jesus.
Preservai-nos de todos os perigos
da alma e do corpo;
dirigi-nos em todos os assuntos espirituais e temporais.
Livrai-nos da tentação do demônio,
para que, trilhando o caminho da virtude,
possamos um dia ver-vos e amar-vos
na eterna glória, por todos os séculos dos séculos. Amém.

 

Leiam também: Dia da Criança: Cidadã ou Consumista?

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Amizade dos animais

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Amizade dos animais. Se eu pudesse viveria cercada por muitos deles. São seres que nos oferecem amizade gratuita, têm gratidão, não são “fofoqueiros”, não tramam pelas costas, não brincam com sentimentos, não traem.

São simples, meigos, carinhosos, sabem qual é o seu lugar: um ao lado do outro. Nem acima nem abaixo. Apenas vivem. Cada um de acordo com suas necessidades. E AMAM. OS ANIMAIS SABEM AMAR, COM AMOR PURO, VERDADEIRO E SINCERO. AMAM E AJUDAM SEUS AMIGOS, SEJAM ANIMAIS OU HOMENS, GRATUITAMENTE, SEM QUERER NADA EM TROCA.

Eles são livres. Quisera eu a liberdade dos animais. Mas é algo contido na raíz da minha esperança.

Suas emoções fluem transparentemente. E muitas vezes entendem-se mutuamente. Ele e seu dono.

Não gosto muito deste termo “dono”. Prefiro outras palavras carinhosas, que utilizo habitualmente.

CONFIANÇA: CONFIO MUITÍSSIMO NELES. Sei que nunca irão me virar as costas. Sei que não são egoístas nem egocêntricos.

LEALDADE: 100%. Eu acredito. E tenho gratidão.

Amizade pra vida toda. Quandos nos cativa….é porque os cativamos também. Então o que nos resta é fazer como o pequeno príncipe: “ Você se torna responsável por aquilo que cativa”.

Então nos respeitemos e cuidemos um do outro.

Obra perfeita do Criador.

Que Deus abençõe sempre essas amizades.

Atualmente são as minhas prediletas.

Não desprezando as minhas amizades…que me são tão caras e as posso contar nos dedos das mãos. Digo isto sem receio porque estas amizades sabem o quanto as amo, respeito e  algumas já me disseram pensar da mesma forma, pois também vivem ou viveram esta experiência.

Experimentem. Faz bem!!!

PS: Meu pai sempre diz: “Mais vale um cachorro amigo do que um amigo cachorro”.

domingo, 4 de outubro de 2009

São Francisco de Assis e dia Mundial dos Animais

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Seráfico Pai

Pobrezinho de Assis

Que no esvaziamento de si próprio

Esvaziou-se do mundo

Enchendo-se da caridade

E do tesouro da Jerusalém celeste

Pai dos pobres, marginalizados e oprimidos

Irmão de todos

Do sol, da lua, das estrelas

da água, da mãe terra,

do fogo

Irmão dos homens

e dos animais.

Quem soube amar a Deus, como tu?

Quem soube se entregar a vontade Divina

Esquecendo-se de si próprio?

Quem soube viver a vida plena

na terra

antecendendo a do céu?

Pai, meu Pai

Peço sua bênção

Sua paciência

Sua mão

Porque por aqui

Nada é fácil não.

Mas vós sabeis bem disso, como ninguém.

Peço-lhe que dirijas ao Pai do Céu

um muito obrigada pela abundância

de seus benefícios

E um pedido de perdão por minhas

inumeráveis faltas.

E saiba Pai, que aconteça

o que acontecer

o meu coração estará sempre

voltado para ti e para o Céu

Pois a minha vocação

é o Amor.

Pai Seráfico

Padroeiro da Ecologia

Peço-lhe também por ela

Que tanto necessita de carinho,

cuidado, respeito, Amor.

Por tudo que foi e fizeste

Por tudo que significa para mim

e para todos que a ti amam

Peço-lhe Pai

A sua bênção poderosa

E a intercessão, todos os dias

junto ao Pai das Misericórdias

por nossas almas.

Amém!

 

Meus bebês adotivos (CAMILA  e SHANA) – Abaixo:

 

Abençoai-as!

Camila 005           Shana 025

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

17 de Setembro – Celebração das chagas de São Francisco de Assis

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O TESTEMUNHO DAS FONTES FRANCISCANAS

 

Dos "Fioretti" - Terceira consideração dos Sacrossantos Estigmas

"Um dia, no princípio de sua conversão, ele rezava na solidão e, arrebatado por seu fervor, estava totalmente absorto em Deus e lhe apareceu o Cristo Crucificado. Com esta visão, sua alma se comoveu e a lembrança da Paixão de Cristo penetrou nele tão profundamente que, a partir deste momento, era-lhe quase impossível reprimir o pranto e suspiros quando começava a pensar no Crucificado".
E rezava:

 

"Ó Senhor, meu Jesus Cristo, duas graças eu te peço que me faças, antes de eu morrer: a primeira é que, em vida, eu sinta na alma e no corpo, tanto quanto possível, aquelas dores que tu, doce Jesus, suportaste na hora da tua dolorosa Paixão.
A segunda, é que eu sinta, no meu coração, tanto quanto for possível, aquele excessivo amor, do qual tu, filho de Deus, estavas inflamado, para voluntariamente suportar uma tal Paixão por nós pecadores".

 

Da Legenda Menor de São Boaventura, Capítulo 6

"Francisco era um fiel servidor de Cristo. Dois anos antes de sua morte, havendo iniciado um retiro de Quaresma em honra de São Miguel num monte muito alto chamado Alverne, sentiu com maior abundância do que nunca a suavidade da contemplação celeste. Transportado até Deus num fogo de amor seráfico, e transformado por uma profunda compaixão n'Aquele que, em seus extremos de amor, quis ser crucificado, orava certa manhã numa das partes do monte.


Aproximava-se a festa da Exaltação da Santa Cruz, quando ele viu descer do alto do céu, um serafim de seis asas flamejantes, o qual, num rápido vôo, chegou perto do lugar onde estava o homem de Deus. O personagem apareceu-lhe não apenas munido de asas, mas também crucificado, mãos e pés estendidos e atados a uma cruz. Duas asas elevaram-se por cima de sua cabeça, duas outras estavam abertas para o vôo, e as duas últimas cobriam-lhe o corpo.


Tal aparição deixou Francisco mergulhado num profundo êxtase, enquanto em sua alma se mesclavam a tristeza e a alegria: uma alegria transbordante ao contemplar a Cristo que se lhe manifestava de uma maneira tão milagrosa e familiar, mas ao mesmo tempo uma dor imensa, pois a visão da cruz transpassava sua alma como uma espada de dor e de compaixão.


Aquele que assim externamente aparecia o iluminava também internamente. Francisco compreendeu então que os sofrimentos da paixão de modo algum podem atingir um serafim que é um espírito imortal. Mas essa visão lhe fora concedida para lhe ensinar que não era o martírio do corpo, mas o amor a incendiar sua alma que deveria transformá-lo, tornando-o semelhante a Jesus crucificado.


Após uma conversação familiar, que nunca foi revelada aos outros, desapareceu aquela visão, deixando-lhe o coração inflamado de um ardor seráfico e imprimindo-lhe na carne a semelhança externa com o Crucificado, como a marca de um sinete deixado na cera que o calor do fogo faz derreter.


Logo começaram a aparecer em suas mãos e pés as marcas dos cravos. Via-se a cabeça desses cravos na palma da mão e no dorso dos pés; a ponta saía do outro lado. O lado direito estava marcado com uma chaga vermelha, feita por lança; da ferida corria abundante sangue. Frequentemente, molhando as roupas internas e a túnica. Fui informado disso por pessoas que viram os estigmas com os próprios olhos.


Os irmãos encarregados de lavar suas roupas, constataram com toda segurança que o servo de Deus trazia, em seu lado bem como nas mãos e pés, a marca real de sua semelhança com o Crucificado".

 

Tomás de Celano - Vida II, 211

"Francisco já tinha morrido para o mundo, mas Cristo estava vivo nele. As delícias do mundo eram uma cruz para ele, porque levava a cruz enraizada em seu coração. Por isso fulgiam exteriormente em sua carne os estigmas, cuja raiz tinha penetrado profundamente em seu coração".

 

Outros textos: 1Cel, 94; Legenda Maior, 13,35,69.

O SENTIDO E O SIGNIFICADO DAS CHAGAS DE SÃO FRANCISCO

 

Frei Régis G. Ribeiro Daher

Mais do que desvendar o caráter histórico das Chagas de São Francisco, importa refletir sobre a experiência de vida que se esconde sobre este fato. O que significa a expressão de Celano "levava a cruz enraizada em seu coração"? O que isso significou para o próprio Francisco? Há um significado para nós hoje, naquilo que com ele ocorreu?

 

Um erro comum é o de ver São Francisco como uma figura acabada, pronta, sem olhar para a caminhada que ele fez até chegar à semelhança perfeita (configuração) com o Cristo. O que ocorreu no Monte Alverne é o cume de toda uma vida, de uma busca incessante de Francisco em "seguir as pegadas de Jesus Cristo". Francisco lançou-se numa aventura, sem tréguas, na qual deu tudo de si: a vontade, a inteligência e o amor. As chagas significam que Deus é Senhor de sua vida. Deus encontrou nele a plena abertura e a máxima liberdade para sua presença.

 

O segundo significado das chagas é o de que Deus não é alienação para o ser humano, ao contrário, é sua plena realização e salvação. Colocando-se como centro da própria vida é que o homem se aliena e se destrói; torna-se absurdo para si mesmo no fechamento do seu 'ego'. O homem só encontra sua verdadeira identidade, sua própria consistência e o sentido de sua existência em Deus. E Francisco fez esta descoberta: Jesus Cristo foi crucificado em razão de seu amor pela humanidade - "amou-os até o fim" - , e ele percorre este mesmo caminho.

 

O terceiro significado: as chagas expressam que a vivência concreta do amor deixa marcas. A exemplo de Cristo, Francisco quis suportar/carregar e amar os irmãos para além do bem e do mal (amor incondicional). Essa atitude o levou a respeitar e acolher o 'negativo' dos outros mantendo a fraternidade apesar das divisões. Esse acolher e integrar o negativo da vida é a única forma de vencer o 'diabólico', rompendo com o farisaísmo e a autosuficiência, aniquilando o mal na própria carne. Só assim, o homem é de fato livre, porque não apenas suporta, mas ama e abraça o negativo que está em si e nos outros.

 

O quarto significado: seguir o Cristo implica em morrer um pouco a cada dia: "Quem quiser ser meu discípulo, tome a sua cruz a cada dia e me siga" (Lc 9,23). Não vivemos num mundo que queremos, mas naquele que nos é imposto. Não fazemos tudo o que desejamos, mas aquilo que é possível e permitido. Somos chamados a viver alegremente mesmo com aquilo que nos incomoda, vencendo-se a si mesmo e integrando o 'negativo', de modo que ele seja superado. Nós seremos nós mesmos na mesma medida em que formos capazes de assumir nossa cruz. As chagas de São Francisco são as chagas de Cristo, e elas nos desafiam: ninguém pode conservar-se neutro, sem resposta diante da vida.

 

São Francisco não contentou-se em unicamente seguir o Cristo. No seu encantamento com a pessoa do Filho de Deus, assemelhou-se e configurou-se com Ele. Este seu modo de viver está expresso na "perfeita alegria", tema central da espiritualidade franciscana: "Acima de todos os dons e graças do Espírito Santo, está o de vencer-se a si mesmo, porque dos todos outros dons não podemos nos gloriar, mas na cruz da tribulação de cada sofrimento nós podemos nos gloriar porque isso é nosso".

 

OS ESTIGMAS DE FRANCISCO E OS NOSSOS

Ainda que em nós não foram impressos os estigmas do crucificado de modo visível, cada um tem suas feridas que podem salvar, que podem tornar-se fonte de salvação para si e para os outros. A cada um que se deixa ferir em nome de Cristo e que leva em si a sua cruz, Francisco repete o que disse a Leão: também tu estás marcado com a cruz de Cristo e por isso és abençoado. És um possuído de Deus e estás sob a proteção dele.

Leonhard Lehmann – Francisco, mestre de oração

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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Amor misericordioso

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Lc 6,27-38
- Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: amem os seus inimigos e façam o bem para os que odeiam vocês. Desejem o bem para aqueles que os amaldiçoam e orem em favor daqueles que maltratam vocês. Se alguém lhe der um tapa na cara, vire o outro lado para ele bater também. Se alguém tomar a sua capa, deixe que leve a túnica também. Dê sempre a qualquer um que lhe pedir alguma coisa; e, quando alguém tirar o que é seu, não peça de volta. Façam aos outros a mesma coisa que querem que eles façam a vocês.
- Se vocês amam somente aqueles que os amam, o que é que estão fazendo de mais? Até as pessoas de má fama amam as pessoas que as amam. E, se vocês fazem o bem somente para aqueles que lhes fazem o bem, o que é que estão fazendo de mais? Até as pessoas de má fama fazem isso. E, se vocês emprestam somente para aqueles que vocês acham que vão lhes pagar, o que é que estão fazendo de mais? Até as pessoas de má fama emprestam aos que têm má fama, para receber de volta o que emprestaram. Façam o contrário: amem os seus inimigos e façam o bem para eles. Emprestem e não esperem receber de volta o que emprestaram e assim vocês terão uma grande recompensa e serão filhos do Deus Altíssimo. Façam isso porque ele é bom também para os ingratos e maus. Tenham misericórdia dos outros, assim como o Pai de vocês tem misericórdia de vocês.
- Não julguem os outros, e Deus não julgará vocês. Não condenem os outros, e Deus não condenará vocês. Perdoem os outros, e Deus perdoará vocês. Dêem aos outros, e Deus dará a vocês. Ele será generoso, e as bênçãos que ele lhes dará serão tantas, que vocês não poderão segurá-las nas suas mãos. A mesma medida que vocês usarem para medir os outros Deus usará para medir vocês.

 

ESTAS PALAVRAS SÃO DURAS!

ESTAMOS NO MÊS DA BÍBLIA.

VAMOS MEDITAR.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Francisco e Clara são iguais

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Na visão de Jesus Cristo, no apaixonado amor por ele, na vontade de representar seus traços de Filho e de irmão menor e de segui-lo como discípulos, irmãos, mães.

 

Na visão de Deus Pai, o Bem, todo o Bem, do qual se sentem filhos, e que sem cessar o invocam: Pai nosso!

 

Na docilidade ao Espírito do Senhor e seu santo modo de operar, como seus esposos.

 

Na vida trinitária, ao se oferecerem para morada de Deus trino.

 

Na visão de Maria, pobrezinha, disposta a ouvir a Palavra de Deus e a servir os irmãos.

 

No dinamismo de conversão, prontos a acolher o amor de Deus até o esquecimento de si.

 

No radicalismo evangélico que os anima a procurar a pobreza interior e exterior como forma de estar diante de Deus e da criação.

 

Na dedicação à contemplação, à celebração de Deus e de sua obra de amor em Cristo, na criação, na providência e na renúncia às comodidades, ao sucesso, a egoísmo, alegres por viver só para Deus, na virgindade e obediência.

 

No amor à Palavra de Deus, à celebração litúrgica vivida de maneira simples mas profunda, à Eucaristia.

 

No olhar cheio de amor e de paz pela criação e pelas criaturas.

 

Na visão de uma fraternidade vivida na igualdade, no serviço humilde, animados por sentimentos maternos. Mesmo a autoridade eles a vivem como maternidade.

 

No gosto pela minoridade, pelo último lugar, pela simplicidade.

 

No amor e na submissão à Igreja.

 

Na paixão apostólica pela salvação dos homens e no esforço de colaborar para o crescimento do Reino de Deus.

 

(Frei Hermann Schalück, Ministro Geral, em setembro de 1996, no Congresso dos Assistentes das Contemplativas da Família Franciscana, na Porciúncula)

sábado, 22 de agosto de 2009

Que família queremos?

 

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Quando uma criança  nasce, através do relacionamento de seus pais começa a fazer parte de uma tradição familiar que tem raízes muito mais antigas. Com o dom da vida se recebe todo um patrimônio de experiência.  A este respeito os pais têm o direito e o dever inalienável de o transmitir aos filhos: educá-los no descobrimento de sua identidade, introduzi-los na vida social, na prática de sua liberdade moral e da sua capacidade de amar através da experiência de serem amados, sobretudo, no encontro com Deus. Os filhos crescem e maturam humanamente na medida em que acolhem com confiança esse patrimônio e essa educação que vão assumindo progressivamente.


Bento XVI, Homilia pronunciada na missa de encerramento do
V Congresso Mundial das Famílias, 9 de julho de 2006

 

Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM

1. Acreditamos na família. Temos a mais profunda convicção de que ela é berço de humanidade, escola de solidariedade, lugar de encontro de pessoas, espaço de aprendizado das coisas elementares da vida, esfera onde todos podem encontrar o rosto de Deus. João Paulo II tem razão ao afirmar: “O futuro da humanidade passa pela família”.


2. Mas que família queremos? Não defendemos qualquer contrato ou consorcio, mas a fundação de uma comunidade de vida e de amor., espaço de comunhão de pessoas, âmbito de profundo e efetivo bem querer, A família nasce e se funda no encontro de um homem e de uma mulher relativamente maduros, na indizível experiência de um amor não interesseiro, homem e mulher conscientes da grandeza e do mistério de sua união e da família que fundam.


3. Os que se casam traçam em grandes linhas um projeto de vida. Não se unem de qualquer modo, sem lenço e sem documento, sem compromisso. Os que se casam dizem um sim decidido, generoso, pensado e sincero. Tudo é inaugurado com um quero que colorirá toda a vida conjugal e familiar. Os que se casam são pessoas profundamente fiéis.


4. Há um projeto conjugal, linhas de atenção para com o cônjuge. Esse projeto exige amor, renúncia, desdobramentos e atenções mútuas. Ninguém se casa pensando na eventualidade da separação. Não se pode descartar uma pessoa como um par de chinelos. O projeto conjugal comporta revisões e reorientações de rumo dentro do pano de fundo do bem querer. Ele pode se resumir na auscultação dos desejos mais profundos de um ser que resolveu partilhar a vida com um outro.


5. Há o projeto dos filhos. Os que se casam são administradores da vida, colaboradores da obra da criação. Resolvem colocar filhos no mundo e deles se ocupar com diligência, pertinácia e um grande amor. Os filhos não são coisas, mas dom de Deus aos pais e ao mundo e mesmo antes de terem nascido já foram amados por Cristo Jesus que por elas deu a vida. Nossas crianças não podem ficar entregues a si mesmas, formadas pela televisão e pela internet. Não podem ser trapos humanos.


6. Há um projeto conjugal e familiar pautado na fé cristã. Assim, os que se casam e colocam filhos no mundo iluminam suas vidas, seus dias com a claridade que vem do mistério de Cristo Jesus. Há uma espiritualidade conjugal e familiar a ser sempre de novo desenvolvida. A família não é um hotel ou um espaço para fugir são sol e da chuva, mas Igreja doméstica. Nesse contexto vale lembrar as palavras de João Crisóstomo que, por primeiro, designa a casa como Igreja. “Voltando às vossas casas, preparai duas mesas: uma para o alimento do corpo e a outra com o alimento da Sagrada Escritura. O marido repita o que foi dito na assembléia santa, a mulher se instrua e os filhos escutem. Cada um de vós faça de sua casa uma Igreja. Não sois responsáveis pela salvação de vossos filhos? Não devereis um dia prestar contas desta missão? Como nós pastores temos que prestar conta de vossas almas, assim vós, pais de família, deverão responder diante de Deus por todas as pessoas de vossa casa”.


7. Queremos famílias que não se deixem entorpecer pelo consumismo, pelo desejo de posse, sempre de novas posses, carro novo, roupa nova, tudo descartável. Queremos uma família que tenha senso crítico, que questione o mundo à sua volta, mundo de indiferença, mundo alienado, mundo sem metas e ideal, mundo que defende o desfrutar egoísta de tudo e que não manifesta interesse algum por tudo aquilo que se passa no coração dos outros, mundo que não tem escrúpulos em aliciar crianças para o tétrico mundo do narcotráfico. Queremos uma família que permita que seus filhos sejam gente, pessoas de pé e não meros robôs de uma sociedade doente.


8. Desejamos famílias abertas ao mundo e a outras famílias. Não basta que casais se encontrem com casais para coisas banais. Há uma interdependência entre as famílias que precisa ser cultivada em encontros sérios, sólidos, cheios de discernimento e iluminados pelo Espírito que mostra caminhos novos para o mundo.


9. Queremos uma família que tenha a delicadeza de buscar a Deus, que se reúna em torno da mesa das refeições e da Palavra do Senhor, pessoas que aos poucos vão aprendendo a se vestir das virtudes da ajuda mútua, do serviço, da atenção e do carinho de uns pelos outros. Queremos famílias que ofereçam a hospitalidade do coração.


10. Pensamos numa família que tenha respeito pela vida de modo muito especial pelas crianças que ainda não nasceram, respeito pela pureza das crianças que não podem ser abusadas sexualmente, respeito pelos idosos. Protestamos de modo particular contra o aborto e a eutanásia.


11. Há muitos que sofrem no seio de nossas famílias. Há casamentos que começaram mal e mal continuaram. Há paixões secretas eternamente ocultadas. Há arranhões que ardem e feridas que se recusam a cicatrizar. Há crianças sozinhas esperando um olhar de ternura, um meigo e suave afago que não lhes pode ser negado.

 

A família é uma célula em que os esposos se escolhem e assumem compromisso um com o outro de maneira definitiva. Aceitam, de antemão, viver juntos os imprevistos do futuro. Propõem-se a dar carne a este amanhã através dos filhos que desejam ter. Este pacto fundador é um pacto de aliança. Não se trata apenas de uma contrato privado que pode ser desfeito quando as cláusulas não são respeitadas e os compromissos não são observados. Trata-se de um pacto definitivo. Sua solidez, sua indissolubilidade são a base sobre a qual se funda um relacionamento de amor que apóia na mútua confiança. O amor que vai aos poucos se solidificando, liberta-se da sedução. Os casados se amam porque se escolheram (D. André Vingt-Trois, arcebispo de Paris).

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Que ninguém considere como propriedade sua o cargo de prelado

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“Não vim para ser servido mas para servir” (Mt 20,28), diz o Senhor.

Os que estão constituídos sobre os outros não se vangloriem dessa superioridade mais do que se estivessem encarregados de lavar os pés aos irmãos. E se a privação do cargo de superior os perturba mais que a prirvação do encargo de lavar os pés, amontoam para si tanto mais riquezas com perigo para sua alma.

 

Adm 4. Fontes Franciscanas

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

De como se reconhece o Espírito do Senhor

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“Eis o meio de reconhecer se o servo de Deus tem o Espírito do Senhor. Se Deus por meio dele operar alguma boa obra, e ele não o atribuir a si, pois o seu próprio eu é sempre inimigo de todo bem, mas antes considerar como ele próprio é insignificante e se julgar menor que todos os outro homens.”

Admoestação 12 – Fontes Franciscanas

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Clara, plantinha de São Francisco de Assis

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Clara de nome, Clara na vida, Claríssima nas virtudes.

UMA FLOR NO JARDIM DE SÃO DAMIÃO

 

Senhor  Deus Altíssimo, bom e amável Salvador!
Tu és o Senhor Jesus,
tu te aninhaste no seio transparente de Maria, de Maria de Nazaré.
Na singeleza e transparência tu te tornaste uma criança.
Ali te revestiste dos trajes pobres de nossa humanidade.
No presépio procuraste o alimento do leite de tua mãe,
acolheste o carinho dos pastores pobres.
Na fragilidade do presépio, Senhor Jesus, tu solicitas o nosso amor.
Tu foste um frágil condenado à morte e abandonado no alto da cruz.
Tu és  Deus pobre e frágil.

 

Tu, Jesus pobre e despojado, encantaste o coração de Francisco
e tocaste as fibras mais íntimas da Irmã Clara.
Nós te louvamos pela vida da Clara, de Clara de São Damião, da  Clara pobre e luminosa!
Senhor Jesus, ela abraçou tua pobreza e tua humilhação.
Nós te damos graças pela vida simples de oração diurna e noturna de Irmã Clara.
Nós te damos graças por sua vida de irmã, de irmã e mãe de mulheres despojadas e contemplativas, pobres e orantes, pobres e puras.
Nós te damos graças por Clara, tão amiga, tão discípula de Francisco, ela a plantinha do Seráfico Francisco.
Mas tão forte, tão corajosa, tão seguidora da pobreza.
Nós te bendizemos pelos trabalhos simples e escondidos que Clara e suas irmãs fizeram nas pobres dependências de São Damião.
Nós te louvamos pela coragem de Clara em sua longa doença.
Nós te pedimos, por intercessão de Clara, pela televisão para que através desse instrumento possamos chegar mais perto das coisas do alto e das realidades luminosas.
Santa Clara, clareai nossos caminhos!!!

Frei Almir Ribeiro Guimarães

 

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BÊNÇÃO DE SANTA CLARA DE ASSIS


Deixada por Santa Clara para as suas filhas espirituais (as clarissas) presentes e futuras e para todos nós, seus irmãos.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

O Senhor as abençoe e guarde. Mostre-lhes o seu rosto e tenha misericórdia de vocês.

Volte a sua face para vocês e lhes dê a paz, a vocês minhas irmãs e filhas, e a todas as outras que vierem e permanecerem em sua comunidade, e a todas as outras, tanto presentes quanto futuras, que perseverarem até o fim nos outros mosteiros das senhoras pobres.

Eu,Clara, serva de Cristo, plantinha do nosso bem-aventurado pai São Francisco, irmã e mãe de vocês e das outras irmãs pobres, embora indigna, rogo a nosso Senhor Jesus Cristo, por sua misericórdia e por intercessão de sua santíssima Mãe Santa Maria, de São Miguel Arcanjo e de todos osanjos de Deus, do nosso bem-aventurado pai Francisco e de todos os santos e santas, que o próprio Pai celeste lhes dê e confirme esta sua santíssima bênção no céu e na terra:na terra, fazendo-as crescer na graça e em virtude entre seus servos e servas na sua Igreja militante; no céu, exaltando-as e glorificando-as na Igreja triunfante entre os seus santos e santas.

E as abençôo em minha vida e depois de minha morte, como posso, com todas as bênção com que o Pai das misericórdias abençoou e abençoará seus filhos e filhas no céu e na terra,e com os quais um pai e uma mãe espiritual abençoaram e abençoarão seus filhos e filhas espirituais. Amém.

Amem sempre as suas almas e as de todas as suas Irmãs,e sejam sempre solícitas na observância do que prometeram a Deus.

O Senhor esteja sempre com vocês e oxalá estejam vocês também sempre com Ele. Amém.

 

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São Lourenço, Mártir

 

A FORÇA MISTERIOSA DOS MÁRTIRES

 

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Jo 12,24-26
Se o grão de trigo morre, então produz muito fruto (Jo 12, 24)

Com seu testemunho corajoso os mártires, entre eles Lourenço cuja festa comemoramos hoje, são sinais e sementes de vitalidade da comunidade cristã.
Quem  quiser salvar sua vida, haverá de perdê-la. Os que dão a vida para serem fiéis ao Cristo e ao Evangelho ocupam as páginas mais nobres do álbum da Igreja que nasceu do Espírito de Deus e do dom da vida de Cristo, o mártir do Calvário.


Há esse martírio sofrido pelo derramamento do sangue dos fiéis, mas há outro,quem sabe tão ou mais valioso ainda: o martírio de todos os dias....o fazer a vontade de Deus no dia a dia da vida.


Transcrevemos textos de comentário de autores espanhóis sobre o martírio de Lourenço: “Quando o Imperador ordenou-lhe entregar os tesouros da Igreja, Lourenço se apresentou ao juiz com os pobres de Roma: “Aqui estão os tesouros da Igreja”. 


Imediatamente o Imperador ordenou que fosse torturado até a morte.  A Passio conta que convidado ainda a sacrificar aos ídolos respondeu : “Ofereço-me a Deus como sacrifício de suave odor, porque um espírito contrito é um sacrifício prestado a Deus.”

 

João Paulo II na memória jubilar dos mártires do século XX, no Coliseu, comentando o texto de João  12,25, disse: “ Trata-se de uma verdade que o mundo contemporâneo  rechaça e despreza, fazendo do amor para si mesmo o supremo critério da existência.  As testemunhas da fé que são os mártires nos falam com seu exemplo. Estes não buscaram os próprios interesses, seu próprio bem estar nem sua sobrevivência  como se tais fossem valores maiores do que a fidelidade ao Evangelho.   Fizeram resistência ao mal a partir de sua fragilidade. Nessa mesma fragilidade resplandeceu  a força da fé e a graça do Senhor”.


“Não poderíamos produzir melhor fruto de amor do que o exemplo da imitação: Cristo sofreu por nós, deixando-nos o exemplo para seguir as suas pegadas (1Pd 2,21).  Nesta frase, parece que o apóstolo Pedro quer dizer que  Cristo sofreu apenas por aqueles que seguem suas pegadas e que a morte de Cristo não aproveita senão àqueles que caminham no seu seguimento. Seguiram-nos os santos mártires até a efusão do sangue, até a semelhança da paixão: seguiram-no os mártires, porém não só eles. Depois que estes passaram, a ponte não foi cortada; ou depois que beberam a fonte não secou”  (S. Agostinho  Lit. Horas IV, p. 1178).


Há muitos mártires em Igrejas de todos os continentes. No século XX muitos leigos, religiosos  e sacerdotes foram torturados e deram sua vida pelo  Cristo inclusive entre nós.  Eles,  com efeito, foram e continuam sendo sementeira do Reino.

 

Por: Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM

Fonte: Paulinas

domingo, 2 de agosto de 2009

Comunicação ao Clero, Religiosos e Fiéis Católicos da Arquidiocese de Niterói

Comunicação ao Clero, Religiosos e Fiéis Católicos da Arquidiocese de Niterói

Como é do conhecimento de todos, nosso País já foi atingido pela pandemia conhecida como "Gripe suína". Nosso Estado do Rio de Janeiro já registrou um número razoável de casos, com óbito inclusive.

As Autoridades Sanitárias estão se esforçando para veicular informações e orientações que ajudem a evitar um maior avanço desta gripe.

Nossa Arquidiocese de Niterói sente-se no dever de colaborar com este trabalho de esclarecimento e orientação da Comunidade.

Sendo assim, determinamos que em todas as nossas igrejas e capelas sejam observadas as seguintes normas:

 

1) Nas celebrações da Santa Missa fica suspenso, por tempo indeterminado, o rito da Paz.

 

2) Os sacerdotes, diáconos e ministros extraordinários da Sagrada Comunhão deverão colocar a Hóstia Consagrada, o Corpo do Senhor, na mão de cada

fiel e não na boca, suspenda-se a comunhão sob duas espécies até novas determinações.

Os Fiéis observem atentamente o modo de receber a Comunhão na palma da mão e comunguem na frente do celebrante ou do ministro.

 

3) Nas nossas celebrações, quando se fizer necessário, abra-se um espaço para as Equipes Sanitárias veicularem informações sobre esta epidemia.

 

4) Os Párocos cuidem de mandar abrir todas as janelas e portas dos templos para uma maior circulação do ar.

 

5) Fiéis católicos com alguma síndrome gripal evitem de participar de retiros espirituais ou cursos doutrinais de formação, até se restabelecerem.

 

6)  Na oração do Pai Nosso, os Fiéis não se dêem as mãos.

 

Estas determinações sejam lidas em todas as missas em nossas paróquias e comunidades durante vários fins de semana e domingos.

 

Niterói, 22 de julho de 2009.

+ D. Fr. Alano Maria Pena OP
Arcebispo Metropolitano de Niterói

+ D. Roberto Francisco Ferrería Paz
Bispo Auxiliar de Niterói

Fonte : Arqudiocese de Niterói

quinta-feira, 30 de julho de 2009

A escuridão para além da luz

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Tomando como ponto de referência a luz da razão, podemos estabelecer dois estágios no difícil caminho da espiritualidade: uma escuridão que permanece aquém da razão e uma escuridão que vai além da razão.

 

No primeiro estágio, temos a ignorância quanto a determinadas leis da natureza, do universo e até mesmo da sociedade e do comportamento da pessoa humana. Frente a essa carência do conhecimento, desenvolve-se um tipo de espiritualidade que prima pela magia. Pressupõe uma leitura fatalista e estática da realidade, onde o ser humano não tem qualquer poder de transformação. "Só Deus pode dar um jeito", diz com freqüência a piedade desse tipo.

 

Neste caso, a escuridão encontra-se aquém da razão. Isto não quer dizer que essa forma de espiritualidade não comporte uma fé profunda e autêntica. Fé que muitas vezes vem de nossos familiares, especialmente de origem rural. Buscam a Deus, sem dúvida, mas facilmente abdicam da própria liberdade de criar, inovar, recriar. Prevalece a obediência às regras e preceitos. Nos escritos de Paulo, isso aparece como subordinação à antiga lei judaica, enquanto o apóstolo insiste que "fomos libertados para viver na liberdade dos filhos de Deus".

 

No segundo estágio, marcado pela escuridão para além da luz, embora a razão conheça os mistérios da natureza, da história e do homem, a alma pressente que esse racionalismo calculista não explica tudo. A ciência disseca as leis que regem o universo, disseca as forças que movem a história, disseca o funcionamento dos organismos vivos, incluído o ser humano. Mas não consegue encontrar um sentido mais profundo para a existência e o funcionamento dessa gigantesca obra. Continuamos reféns do renascimento e do iluminismo, de uma ciência instrumental e pragmática.

 

A razão "desencanta" o mundo e a história, para usar a expressão da Max Weber. Mas seu raciocínio é transparente demais para dar conta de alguns mistérios ocultos, lógico demais para dar conta das incongruências e contradições de nosso percurso humano sobre a face da terra. Interrogações e dúvidas existenciais continuam se levantando, e a luz da razão parece mais cegar do que iluminar. O ser humano está projetado para superar-se dinâmica e continuamente. Segue inquieto por mares bravios, navegando de porto em porto, como hóspede de um mundo inóspito e provisório, a caminho da pátria definitiva. O que não o impede de buscar formas históricas sempre mais justas, fraternas e solidárias. O Reino de Deus, porém, não se reduz a nenhuma delas, chamando-nos continuamente a dar um passo à frente.

 

É então que a alma mergulha num campo de sombras, que se encontram além e acima da razão. Aqui predominam o abandono e a confiança em Alguém que, ocultamente, confere uma significação desconhecida à vida terrestre e a seus aparentes absurdos. Entra em cena o salto da fé sobre o escuro das interrogações profundas,  sobre o abismo das dores sem remédio e sobre o futuro incerto. Imagens como deserto, silêncio, abandono e escuridão costumam representar esse mundo das trevas. Nele não há perguntas nem respostas, porque a resposta a todas as perguntas já foi dada uma vez por todas no alto da cruz. O ato de amor supremo no contexto de uma violência extremada revela a toda a misericórdia humano-divina e divino-humana.

 

Somente atravessando esse deserto árido e escuro, não raro solitário, é que a face oculta de Deus lança alguns raios, sempre fugazes e instantâneos, que abrem pequenas veredas no meio de um grande sertão, como diria Guimarães Rosa. A escuridão aqui, embora efêmera e fugazmente, brilha mais forte do que toda a ciência construída pelos conceitos da razão. Um pequeno raio de luz supera horas, dias e meses de trevas. Supera, nutre e orienta o caminhante do deserto. Essa trajetória espiritual ou mística, cheia de avanços e recuos, nos ensina não tanto a pedir clareza para continuar a estrada, mas a pedir forças para caminhar no escuro.

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Pe. Alfredo J. Gonçalves *

* Assessor das Pastorais Sociais.

Fonte: Adital

domingo, 26 de julho de 2009

Fogo, irmão fogo!

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Tens consciência de como és belo?


Tens consciência da simplicidade com que cumpres a missão sublime de vencer a escuridão?


Quem ensinou tuas labaredas a dançar, causando inveja às bailarinas mais criadoras de leveza, de volteiros inesquecíveis?


É muito penosa tua missão de incendiar, não raro, com sacrifício de vidas humanas!
Nesses instantes em que surges com força impetuosa, como tens coragem de lutar com a água, e que impressão te causam os humildes e sublimes bombeiros?


Com que simplicidade trabalhas em fogão à lenha, preparando alimentos humildes para famílias pobres! Não tremes de horror quando és apresentado como sinal de castigo?
Com que respeito consomes e transfiguras corpos de mártires!


Obrigado, irmão fogo pelo calor que trazes a corpos gelados que só têm a ti como ajuda e salvação!
Obrigado, irmão fogo, que nos ensinas a ter coração quente, evitando o horror de corações gelados!
Obrigado, irmão fogo, pelo canto de tuas labaredas quando, vencendo a escuridão,és louvor puríssimo ao Criador e Pai!


Dom Helder Câmara

 

Pois que venha, irmão meu, com sua chama terna, ardente e forte, com a simplicidade e fortaleza dAquele que o criou.

Venha e ilumina meu coração, Ó Fogo Ardente, símbolo da Terceira Pessoa, Renovador e Advogado nosso.

Venha aqueçer minh’alma, transformando meu coração em morada eterna e digna de Ti.

Vá ao encontro de todos que precisam de seu calor, de sua chama, de sua luz. E guardai-os, guardai-nos junto de Ti e dentro do manto de sua Esposa e nossa Mãe.

Vá ao encontro de todos os sedentos de Ti.

Venha ao meu encontro, pois Tu, símbolo da Terceira Pessoa, Juntamente com a Primeira e a Segunda Pessoa,

acolher-nos-ão de forma que, o que nos for de pedra, transformar-se-á em carne.

Carne esta, provada em Ti, Ó fogo ardente, assim como o ouro passa por Ti, transformando-se e irradiando beleza e esplendor.

Pois tudo que tu tocas vira ouro.

Vinde! Tenho sede!

 

DEDICO ESTE POST A AMIGA BARBARA, DO BLOG.LESADOS EM GERAL, QUE PARA MIM É OURO.

 

Paz e Bem.

domingo, 19 de julho de 2009

Olhos amigos

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Bem-aventurado quem sabe olhar os outros com olhos amigos, e acolher cada pessoa sem preconceito de cultura, de religião ou de raça.


Bem-aventurado quem se empenha em viver em harmonia com os familiares, os vizinhos, os colegas, os estrangeiros, superando as dificuldades inerentes ao relacionamento humano.


Bem-aventurado quem não cultiva rancores, quem não se importa com palavras e gestos desagradáveis e não constrange os outros a viverem de acordo com os seus próprios costumes.


Bem-aventurado quem se comunica com respeito e com doçura, ouvindo as razões expressas pelos outros, em especial as dos mais humildes.


Bem-aventurado quem é benevolente consigo mesmo, quem convive serenamente com os próprios limites e não se assusta com os limites que percebe nos outros.


Bem-aventurado aquele que sabe levar sempre o bem no intuito de construir um mundo sereno e positivo, no qual cada um possa sentir-se bem.


Bem-aventurado quem sabe acolher o valor das diferenças que caracterizam cada homem e cada mulher, porque eles manifestam o nome com o qual Deus chama cada um de nós.


Bem-aventurado quem cultiva no coração o sonho de deixar emergir as cores das nossas diferenças, para ver aparecer no céu um grande arco-íris, sinal de fraternidade e de paz, que vestirá de luzes e de cores o mundo inteiro.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

15 de Julho - São Boaventura

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Frei Boaventura era italiano, nasceu no ano de 1218, na cidade de Bagnoregio, em Viterbo, e foi batizado com o nome de João de Fidanza. O pai era um médico conceituado, mas, como narrava o próprio Boaventura, foi curado de uma grave enfermidade ainda na infância por intercessão de são Francisco.


Aos vinte anos de idade, ingressou no convento franciscano, onde vestiu o hábito e tomou o nome de Boaventura dois anos depois. Estudou filosofia e teologia na Universidade de Paris, na qual, em 1253, foi designado para ser o catedrático da matéria. Também foi contemporâneo de Tomás de Aquino, outro santo e doutor da Igreja, de quem era amigo e companheiro.


Boaventura buscou a Ordem Franciscana porque, com seu intelecto privilegiado, enxergou nela uma miniatura da própria Igreja. Ambas nasceram contando somente com homens simples, pescadores e camponeses. Somente depois é que se agregaram a elas os homens de ciências e os de origem nobre. Quando frei Boaventura entrou para a Irmandade de São Francisco de Assis, ela já estava estabelecida em Paris, Oxford, Cambridge, Estrasburgo e muitas outras famosas universidades européias.


Essa nova situação vivenciada pela Ordem fez com que Boaventura interviesse nas controvérsias que surgiam com as ordens seculares. Opôs-se a todos os que atacavam as ordens mendicantes, especialmente a dos franciscanos. Foi nesta defesa, como teólogo e orador, que teve sua fama projetada em todo o meio eclesiástico.


Em 1257, pela cultura, ciência e sabedoria que possuía, aliadas às virtudes cristãs, foi eleito superior-geral da Ordem pelo papa Alexandre IV. Nesse cargo, permaneceu por dezoito anos. Sua direção foi tão exemplar que acabou sendo chamado de segundo fundador e pai dos franciscanos. Ele conseguiu manter em equilíbrio a nova geração dos frades, convivendo com os de visão mais antiga, renovando as Regras, sem alterar o espírito cunhado pelo fundador. Para tanto dosou tudo com a palavra: para uns, a tranqüilizadora; para outros, a motivadora.


Alicerçado nas teses de santo Agostinho e na filosofia de Platão, escreveu onze volumes teológicos, procurando dar o fundamento racional às verdades regidas pela fé. Além disso, ele teve outros cargos e incumbências de grande dignidade. Boaventura foi nomeado cardeal pelo papa Gregório X, que, para tê-lo por perto em Roma, o fez também bispo-cardeal de Albano Laziale. Como tarefa, foi encarregado de organizar o Concílio de Lyon, em 1273.


Nesse evento, aberto em maio de 1274, seu papel foi fundamental para a reconciliação entre o clero secular e as ordens mendicantes. Mas, em seguida, frei Boaventura morreu, em 15 de julho de 1274, ali mesmo em Lyon, na França, assistido, pessoalmente, pelo papa que o queria muito bem.

 
Foi canonizado em 1482 e recebeu o honroso título de doutor da Igreja. A sua festa litúrgica ocorre no dia se sua passagem para a vida eterna.

SÃO BOAVENTURA, ROGAI POR NÓS!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Em quem esperar?

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Aprendamos um segredo com o salmista e nunca mais nos esqueçamos dele: “Só em Deus repousa a minha alma, é d’Ele que me vem o que eu espero” (Sl 61,6).

Às vezes, ficamos magoados com as pessoas, deprimidos, decepcionados, amargurados, desanimados, porque esperamos delas o que só Deus pode nos dar. Por melhor que sejam elas, não têm a capacidade de saciar a sede do nosso coração e da nossa alma, porque:

“Só Jesus de Nazaré é capaz de satisfazer as aspirações mais profundas do coração humano” (João Paulo II).

É engano pensarmos que as pessoas são perfeitas, porque não são. Precisamos fazer o exercício de não esperarmos nada de ninguém, a não ser de Jesus. Será um duro exercício, porque, naturalmente, sempre esperamos por alguma retribuição ou iniciativa por parte daqueles com os quais convivemos.

Peçamos a Jesus a graça de termos um coração dependente unicamente d’Ele em todos os momentos.

Jesus, eu confio em Vós!

Por: Luzia Santiago

domingo, 12 de julho de 2009

O TEMPO DE DEUS

 

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  • Um excelente nadador tinha o costume de correr até a água e de molhar somente o dedão do pé antes de qualquer mergulho. Algum intrigado com aquele comportamento, lhe perguntou qual a razão daquele hábito.
  • O nadador sorriu respondeu: Há alguns anos eu era um professor de natação. Eu os ensinava a nadar e a saltar do trampolim. Certa noite, eu não conseguia dormir, e fui até a piscina para nadar um pouco.
  • Não acendi a luz, pois a lua brilhava através do teto de vidro do clube. Quando eu estava no trampolim, vi minha sombra na parede da frente. Com os braços abertos, minha imagem formava uma magnífica cruz.
  • Em vez de saltar, fiquei ali parado, contemplando minha imagem. Nesse momento pensei na cruz de Jesus Cristo e em seu significado. Eu não era um cristão, mas quando criança aprendi que Jesus tinha morrido na cruz para nos salvar pelo seu precioso sangue.
  • Naquele momento as palavras daquele ensinamento me vieram a mente e me fizeram recordar do que eu havia aprendido sobre a morte de Jesus.
  • Não sei quanto tempo fiquei ali parado com os braços estendidos. Finalmente desci do trampolim e fui até a escada para mergulhar na água. Desci a escada e meus pés tocaram o piso duro e liso do fundo da piscina.
  • Haviam esvaziado a piscina e eu não tinha percebido. Tremi todo, e senti um calafrio na espinha. Se eu tivesse saltado seria meu último salto. Naquela noite a imagem da cruz na parede salvou a minha vida.
  • Fiquei tão agradecido a Deus, que ajoelhei na beira da piscina, confessei os meus pecados e me entreguei a Ele, consciente de que foi exatamente em uma cruz que Jesus morreu para me salvar.
  • Naquela noite fui salvo duas vezes e, para nunca mais me esquecer, sempre que vou até piscina molho o dedão do pé antes. Deus tem um plano na vida de cada um de nós e não adianta querermos apressar, ou retardar as coisas, pois, tudo acontecerá no seu devido tempo e esse tempo é o tempo Dele e não o nosso...

  • quarta-feira, 17 de junho de 2009

    Com o Maior Amigo à frente, a vida se torna um grande passeio.

     

     

    precioustop

     

    No início eu via Deus como um observador, como meu juiz que levara em conta as coisas que eu fazia, para saber se por elas, merecia o céu ou o inferno. Eu estava ai fora como um personagem. Eu conhecia seu retrato, mas não conhecia a Ele mesmo.


    Mais adiante, quando conheci a Cristo, a vida se transformou em um passeio de bicicleta. Era uma bicicleta para dois e Cristo ia na parte de trás ajudando-me a pedalar. Não lembro quando, Ele sugeriu que mudássemos de lugar. Desde então, a vida já não era mais a mesma!


    Cristo faz a vida ser fascinante.
    Quando eu dirigia, conhecia o caminho. Era algo aborrecido e eu já sabia o que iria acontecer.
    Tomava o caminho mais curto entre dois pontos. Quando Ele dirigia, conhecia deliciosos e longos atalhos, subindo e descendo as montanhas através de lugares rochosos a uma velocidade de quebrar o pescoço.


    Tudo o que eu podia fazer era agarrar-me a Ele e agüentar, mesmo que parecesse uma loucura. Ele me dizia: "Pedala"! Eu, preocupada e ansiosa perguntava: Onde me levas? Ele corria e não respondia e eu... comecei a confiar. Esqueci a tristeza da vida e me lancei à aventura, e se alguma vez dizia:
    "Estou assustada, Jesus se inclinava e tocava minha mão.


    Levou-me a conhecer gente que me dava presentes de cura, de aceitação, de alegria e de paz para a nossa viagem. Ele dizia: " Dá esses presentes” e eu os dava às pessoas com quem nos encontrávamos e descobri que dando, eu recebia e que a carga se tornava leve.


    No início, eu não confiava a Ele a direção da minha vida.
    Pensava que podia causar acidente. Mas Ele sabe dar a inclinação perfeita à bicicleta nas curvas fechadas. Saltar grandes pedras, voar para suavizar as passagens perigosas.


    Estou aprendendo a calar-me e a pedalar nos lugares mais estranhos. Estou começando a desfrutar do panorama e da fresca brisa no rosto.


    Ele só me olha, sorri e me diz: "PEDALA "!

     

    jesus_dirige_a_la_familia

    sábado, 13 de junho de 2009

    Santo Antônio da Pádua/Lisboa…

    Uma lembrança, uma surpresa, um sentimento, uma alegria, uma partilha, “um Flash”.

    Partilho com vocês  preciosos momentos que vivi em Lisboa, na terra natal do meu tão precioso Santinho Franciscano.

    Bondade infinita do Meu Deus e Senhor.

     

    IMAGENS POR FORA, DA IGREJA NATAL DO SANTO.

    Peregrinação Portugal e Itália - Prim. Card 048           Peregrinação Portugal e Itália - Prim. Card 050 

     

    ÍCONES NO INTERIOR DA IGREJA       

     

    Peregrinação Portugal e Itália - Prim. Card 072          Peregrinação Portugal e Itália - Prim. Card 073        

             

     

    Peregrinação Portugal e Itália - Prim. Card 074           Peregrinação Portugal e Itália - Prim. Card 093      

     

     

    Peregrinação Portugal e Itália - Prim. Card 109                            Peregrinação Portugal e Itália - Prim. Card 071

     

    LOCAL DE NASCIMENTO DO SANTO

     

    Peregrinação Portugal e Itália - Prim. Card 076       Peregrinação Portugal e Itália - Prim. Card 078    Peregrinação Portugal e Itália - Prim. Card 081

     

    PIA BATISMAL (ATIVADA AINDA HOJE)

     

    Peregrinação Portugal e Itália - Prim. Card 085        Peregrinação Portugal e Itália - Prim. Card 096

     

    FOTOS: de minha autoria

    Saiba mais sobre Santo Antônio : Paulinas on line

    quarta-feira, 10 de junho de 2009

    Do corpo do Senhor

     

    Eucaristia07

    Disse o Senhor Jesus aos seus discípulos: “ Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém chega ao Pai senão por mim. Se me conhecêsseis conheceríeis também o Pai. Doravante o conheceis porque o vistes. Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta. Jesus respondeu-lhe: Há tanto tempo estou convosco e não me conheceis? Filipe, quem me vê, vê também meu Pai” (Jo 14, 6-9).

     

    “O Pai habita numa luz inacessível” (1Tm 6,16), e: “Deus é um espírito” (Jo 4,26) e “ninguém jamais viu a Deus” (Jo 1, 18). Se Deus é espírito, só em espírito pode ser visto; pois “o espírito é que dá a vida, a carne não aproveita para nada” (Jo 6,63).

     

    Mas também o Filho, sendo igual ao Pai, não pode ser visto por alguém de modo diferente que o Pai e o Espírito Santo. Por isso são réprobos todos aqueles que viram o Senhor Jesus Cristo em sua humanidade sem enxergá-lo segundo o espírito e a divindade e sem crer que Ele é o verdadeiro Filho de Deus. De igual modo são hoje em dia réprobos todos aqueles que – embora vendo o sacramento do corpo de Cristo que, pelas palavras do Senhor, se torna santamente presente sobre o altar, sob as espécies de pão e vinho, nas mãos do sacerdote – não olham segundo o espírito e a divindade, nem creem que se trata verdadeiramente do corpo e do sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Atesta-o pessoalmente o Altíssimo quando diz: “ Este é o meu corpo e o sangue da nova Aliança” (cf. Mc 14,22); e: “Quem comer a minha carne e beber o meu sangue terá a vida eterna” (cf. Jo 6,55).

     

    Por isso é o Espírito do Senhor, que habita nos seus fiéis, quem recebe o santíssimo corpo e sangue do Senhor (cf. Jô 6,62). Todos aqueles que não participam desse espírito e no entanto ousam comungar, “comem e bebem a sua condenação” (1Cor 11,29).

     

    Portanto, “ó filhos dos homens, até quando tereis duro o coração?” (Sl 4,3). Por que não reconheceis a verdade “nem credes no Filho de Deus” (Jo 9,35)? Eis que Ele se humilha todos os dias (Fl 2,8); tal como na hora em que, “descendo do seu trono real” (Sb 18,5) para o seio da virgem, vem diariamente a nós sob aparência humilde; todos os dias desce do seio do Pai sobre o altar, nas mãos do sacerdote. E como apareceu aos santos apóstolos em verdadeira carne, também a nós se nos mostra no pão sagrado. E do mesmo modo que eles, enxergando sua carne, não viam senão sua carne, contemplando-o contudo com seus olhos espirituais creram nele como no seu Senhor e Deus (cf. Jo 20,28), assim também nós, vendo o pão e vinho com os nossos olhos corporais, olhemos e creiamos firmemente que está presente o santíssimo corpo e sangue vivo e verdadeiro. E desse modo o Senhor está sempre com os seus fiéis, conforme Ele mesmo diz: “Eis que estou convosco até a consumação dos séculos” (MT 28,20)

     

    Fontes Franciscanas (Adm n. 01)

     

    SaoFranciscoMenor

    “E quero que estes  santíssimos mistérios sejam honrados e venerados acima de tudo em lugares preciosos.”

     

    Fontes Franciscanas (Testamento- cap. 26, 11)