sexta-feira, 19 de março de 2010

JOSÉ, O ESPOSO DA VIRGEM MARIA

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Belamente,  a oração da solenidade de São José, diz: “Deus eterno e todo poderoso, pelas preces de São José, a quem confiaste as primícias da Igreja, concedei que ela possa levar à plenitude os mistérios da salvação”. 


A prece vincula José à Igreja e à realização dos mistérios da salvação. Ele é o esposo da Virgem Maria, o último dos justos do Antigo Testamento, o guardião da Sagrada Família, aquele que vela e zela pelos mistérios da salvação, pela encarnação do Filho de Deus no seio de suas esposa, Maria de Nazaré. Hoje ainda, no céu, ele é padroeiro da Igreja que vai levando à plenitude os mistérios da salvação.


Nos escritos de São Cláudio de la Colombiere: “De fato, é muito pouco o que sabemos sobre a vida de São José. O Evangelho limita-se a relatar-nos, apenas, três ou quatro de suas ações; e, segundo observou um antigo autor, nenhuma palavra do santo nos foi transmitida. Poderíamos talvez pensar que os evangelistas – por demais empolgados na narração dos grandes acontecimentos que precisavam comunicar a respeito do Salvador do mundo- tornaram-se  como que incapazes de se ocupar do resto. Ou, quem sabe o próprio Espírito Santo tenha querido por esta omissão, ressaltar o silêncio e a humildade de São José, seu amor pela solidão e vida oculta” (Lecionário Monástico, II, p.673)

O franciscano  Bernardino de Sena escreve a respeito do patriarca José. Primeiramente, ele ressalta sua fidelidade na realização do plano de Deus:  “Quando a providência divina escolhe alguém para uma graça particular ou estado superior, também dá à pessoa assim escolhida todos os carismas necessários para o exercício de sua missão.  Isto se verificou de forma eminente em São José, pai adotivo do Senhor Jesus Cristo  e verdadeiro esposo da rainha do mundo e senhora dos anjos. Com efeito, ele foi escolhido pelo Pai eterno para ser o guarda fiel e providente dos seus maiores tesouros: o Filho de Deus e a Virgem Maria. E cumpriu com a máxima fidelidade sua missão: Eis porque o Senhor lhe disse: Servo bom e fiel! Vem participar da alegria do teu Senhor!” (Lecionário Monástico, II, p. 672)..


São Bernardo de Claraval belamente  compara o José de Maria ao José do Egito: “Aquele José, vendido pela inveja dos irmãos e levado para o Egito, prefigurou a entrega de Cristo. Este José, fugindo da inveja de Herodes, levou Cristo para o Egito. Aquele que por fidelidade ao seu senhor, não quis fazer-se cúmplice de sua senhora; este, reconhecendo na Virgem sua senhora e mãe de seu Senhor, conservando-se casto; guardou-a fielmente. Àquele foi dada a compreensão dos sonhos; a este, foi concedido o conhecimento e a participação nos mistérios celestes. Aquele guardou o trigo, não para si, mas para todo o povo; este recebeu do céu a guarda do Pão vivo, tanto para si como para o mundo inteiro”(Lecionário Monástico II, p. 685-686).

Fonte: Franciscanos On Line

Por: Frei Almir Ribeiro Guimães, OFM.

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