sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Hóspede silecioso do Tabernáculo


Acolhe-me no teu silêncio,
Longe dos ruídos da agitação do mundo.
Num silêncio onde o meu ser se encontre
Na sua verdade, na sua nudez, na sua miséria,
Porque esse silêncio permite que me descubra a mim mesmo.
Acolhe-me na riqueza divina do teu silêncio, plenitude capaz de tudo cumular na minha alma.
Cala em mim o que não provém de ti,
O que não é tua presença inteiramente pura,
Solitária e pacífica!
Impõe silêncio aos meus desejos,
Aos meus caprichos, aos meus sonhos de evasão,
À violência das minhas paixões.
Cobre com teu silêncio a voz
Das minhas reivindicações e das minhas lamúrias.
Impregna com teu silêncio
Minha natureza demasiado impaciente para calar,
Demasiado inclinada à ação exterior e ruidosa.
Impõe até mesmo teu silêncio à minha oração,
A fim de que seja puro impulso na tua direção.
Faz descer teu silêncio até o fundo do meu ser
E faz subir de novo esse silêncio
Para ti em homenagem de amor!

Fonte: Revista Paz e Bem – OFS DO BRASIL 6/1999, pág.182
P. Theeuws, v.g / Tradução de Marisa de Morin P. de Mello - OFS

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