quinta-feira, 25 de março de 2010

O ANJO E A MULHER:ELES TRATAM DA RESTAURAÇÃO DO HOMEM

mae de jesus-07

 

lucas 1, 26-38.

No meio da quaresma, uma festa interrompe o programa habitual da vida da Igreja. O Anjo visita Maria e assim começa a se manifestar em nossa carne a salvação que vem de Deus.


Queremos meditar, com o coração, as sábias palavras de São Pedro Crisólogo.


Ouvistes hoje, caríssimos irmãos, um anjo que trata com uma mulher, da reparação do homem. Ouvistes que o homem, para voltar à vida, deve refazer as mesmas etapas que o conduziram à morte. O anjo trata da nossa salvação com Maria, porque um anjo tratara com Eva de nossa ruína. Ouvistes que um anjo, com inefável arte, construiu, com  argila de nossa carne, o templo da divina majestade.

Ouviste que, por um mistério insondável,  Deus toma lugar na terra, e o homem nos céus. Ouviste que,  de maneira inaudita, Deus e o homem se uniram em um mesmo corpo. Ouviste que a nossa frágil natureza carnal foi fortalecida pela exortação evangélica para poder conter toda a glória da divindade. Enfim, para que a areia frágil de nosso corpo não sucumbisse sob o imenso peso do templo celeste, construído em Maria, e para que não se quebrasse o ramo tenro que na Virgem deveria sustentar o fruto de todo o gênero humano, a voz do anjo começou por afugentar o medo, dizendo: 
Não tenhas medo, Maria.

 

Não tenhas medo, Maria, pois encontraste graça (Lc 1, 30). Quem encontrou graça, é certo, não conhece o temor. Encontraste graça diante de quem? Diante de Deus. Bem aventurada aquela que, entre os homens, tem a felicidade, só ela, de ouvir antes de todos:  Encontraste graça. Quanta graça? Como fora dito antes: a plenitude da graça. Verdadeiramente, a plenitude, semelhante a uma chuva copiosa, inundando e embebendo toda criatura. Pois encontraste graça diante de Deus.

Dizendo isso,  o próprio anjo ficou maravilhado: tanto por ter apenas uma mulher recebido a vida, como por todos os homens terem recebido a vida por intermédio da mulher. Admira-se o anjo de  que a imensidão de Deus, para quem todo ser criado é restrito e limitado, venha encerrar-se nos estreitos limites do ventre virginal. Daí, vem a lentidão do Anjo, daí vem o chamado da Virgem pelo nome, afirmando a sua dignidade. A Virgem escuta e, talvez, para apaziguar sua emoção, elabora sua mensagem com lentidão e temor.  Pensai, irmãos, como é justo e conveniente que, com reverência e temor, meditemos sobre o mistério, quando a Anjo, não sem receio, dissipa o temor daquela que escuta: Eis que conceberás em teu seio.  (Lecionário Monástico II, p, 718-719).

Por Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM.

Fonte: Franciscanos On Line.

sexta-feira, 19 de março de 2010

JOSÉ, O ESPOSO DA VIRGEM MARIA

sao-jose

Belamente,  a oração da solenidade de São José, diz: “Deus eterno e todo poderoso, pelas preces de São José, a quem confiaste as primícias da Igreja, concedei que ela possa levar à plenitude os mistérios da salvação”. 


A prece vincula José à Igreja e à realização dos mistérios da salvação. Ele é o esposo da Virgem Maria, o último dos justos do Antigo Testamento, o guardião da Sagrada Família, aquele que vela e zela pelos mistérios da salvação, pela encarnação do Filho de Deus no seio de suas esposa, Maria de Nazaré. Hoje ainda, no céu, ele é padroeiro da Igreja que vai levando à plenitude os mistérios da salvação.


Nos escritos de São Cláudio de la Colombiere: “De fato, é muito pouco o que sabemos sobre a vida de São José. O Evangelho limita-se a relatar-nos, apenas, três ou quatro de suas ações; e, segundo observou um antigo autor, nenhuma palavra do santo nos foi transmitida. Poderíamos talvez pensar que os evangelistas – por demais empolgados na narração dos grandes acontecimentos que precisavam comunicar a respeito do Salvador do mundo- tornaram-se  como que incapazes de se ocupar do resto. Ou, quem sabe o próprio Espírito Santo tenha querido por esta omissão, ressaltar o silêncio e a humildade de São José, seu amor pela solidão e vida oculta” (Lecionário Monástico, II, p.673)

O franciscano  Bernardino de Sena escreve a respeito do patriarca José. Primeiramente, ele ressalta sua fidelidade na realização do plano de Deus:  “Quando a providência divina escolhe alguém para uma graça particular ou estado superior, também dá à pessoa assim escolhida todos os carismas necessários para o exercício de sua missão.  Isto se verificou de forma eminente em São José, pai adotivo do Senhor Jesus Cristo  e verdadeiro esposo da rainha do mundo e senhora dos anjos. Com efeito, ele foi escolhido pelo Pai eterno para ser o guarda fiel e providente dos seus maiores tesouros: o Filho de Deus e a Virgem Maria. E cumpriu com a máxima fidelidade sua missão: Eis porque o Senhor lhe disse: Servo bom e fiel! Vem participar da alegria do teu Senhor!” (Lecionário Monástico, II, p. 672)..


São Bernardo de Claraval belamente  compara o José de Maria ao José do Egito: “Aquele José, vendido pela inveja dos irmãos e levado para o Egito, prefigurou a entrega de Cristo. Este José, fugindo da inveja de Herodes, levou Cristo para o Egito. Aquele que por fidelidade ao seu senhor, não quis fazer-se cúmplice de sua senhora; este, reconhecendo na Virgem sua senhora e mãe de seu Senhor, conservando-se casto; guardou-a fielmente. Àquele foi dada a compreensão dos sonhos; a este, foi concedido o conhecimento e a participação nos mistérios celestes. Aquele guardou o trigo, não para si, mas para todo o povo; este recebeu do céu a guarda do Pão vivo, tanto para si como para o mundo inteiro”(Lecionário Monástico II, p. 685-686).

Fonte: Franciscanos On Line

Por: Frei Almir Ribeiro Guimães, OFM.

domingo, 14 de março de 2010

Quarto encontro da campanha da fraternidade

TEMA: ECONOMIA E VIDA

LEMA: VOCÊS NÃO PODEM SERVIR A DEUS E AO DINHEIRO

corrupcao

Algumas pessoas ou grupos pensam sempre que bom mesmo é ter sempre mais. Outras já perceberam que existe uma grande alegria em construir solidariedade e no ato de colocar a disposição de outros seus bens e talentos.

Talvez muitos se tornem desonestos e corruptos porque só sabem dar valor às pessoas a partir dos bens materiais ou da posição de destaque que ocupam. Acabam por achar que é sinal de esperteza, motivo de valorização, “levar vantagem” por qualquer meio. A propaganda nos diz o tempo todo que felicidade e sucesso dependem do “ter” o que está na moda, o que é mais avançado, o que mostrará aos outros, “quem somos”.

Mas conhecemos também pessoas com outro tipo de atitude: voluntários a serviço do povo, partilhando tempo, saber, atenção, recursos.

Será que felicidade depende mesmo de ter mais do que outros, sem levar em consideração as necessidades do próximo, de tantos que precisam ter uma vida melhor?

Ler o texto: Lucas 19, 1-10.

OS: Não postei os outros três encontros da campanha elaborados e partilhados por nossa fraternidade por falta de tempo. Mas quem desejar para meditar, é só deixar um recado com endereço eletrônico, que obterei e enviarei.

 

partilha_1922

Paz e Bem.