quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Carinhosas Advertências

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O êxito da vida cristã depende de muitos fatores. Sabemos que é o Senhor que dá o crescimento. De outro lado, nossa liberdade estará sempre sendo convidada a fazer escolhas diante do Senhor que vem caminhar conosco e levar à plenitude a obra que iniciou em cada um dos seus.


O cristão é feito para irradiar.   Ressoa sempre  em nossos ouvidos a advertência do sermão da montanha: somos luz do mundo e na medida em que iluminamos estradas,  pessoas podem também chegar ao sol. Marcos adverte: “Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote ou  debaixo da cama”.  A evangelização se opera de dois modos: pelo testemunho humilde que ilumina e pelas palavras que clareiam. Por vezes, nós cristãos, somos questionados a respeito da força de nossa fé. Será que não constituímos apenas um grupo de piedosos, sem muita luminosidade, com pouca expressão?  Será que o organizacional não tomou o lugar da lâmpada que precisa iluminar?  Precisamos de leigos casados que iluminem o mundo com uma vida familiar aberta e sólida,  cristã e missionária.  Precisamos de religiosos e religiosas que mergulhem sempre na contemplação e  empreguem seus membros e sua voz para amar os mais deserdados. De que adianta pertencer a este ou aquele grupo quando a lâmpada de nossa vida está debaixo da cama ou sua chama se tornou bruxuleante?


A vida cristã clama por coerência. Somos cristãos através de gestos exteriores. O que vivemos na verdade interior, se manifesta na verdade dos gestos. “Tudo o que está escondido deverá tornar-se manifesto, e tudo o que está em segredo deverá ser descoberto”.

Há vidas duplas, casados que não são fiéis, cristãos que incensam o dinheiro, o poder e assim mesmo entram no cortejo dos que se dizem seguidores de Cristo.  O cristão sem coerência vive, na realidade, drama terrível. Dizem que são, mas não são.


Conviver é sempre difícil.  Somos levados a ter posturas severas com alguns comportamentos de irmãos que não merecem aplausos.  Medimos os outros sem o tempero da misericórdia. A arte da convivência fraterna supõe pessoas que escolhem instrumento de medida a misericórdia. “ Com a mesma medida com que medirdes, sereis medidos”.


A partir do momento em que Cristo vivo e ressuscitado nos fascinou entramos, ou deveríamos ter entrado, num generoso esquema de vida:  estar mais com ele, ser mais dos outros, nunca medir pelo mínimo. Aqueles que recebem e são generosos mais ainda receberão. “Ao que tem alguma coisa será dado ainda mais; do que não tem, será tirado mesmo o que ele tem”.

 

Os cristãos de verdade têm consciência de que precisam irradiar, compreender e viverem a generosidade.  Não se pode deixar de iluminar, de viver a coerência. Trata-se de uma decisão fundamental para que possamos experimentar a alegria do seguimento. Do contrário, viveremos a fé como um peso a ser arrastado com dificuldade.

Por: Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM

Fonte: Franciscanos.org.br

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

São Sebastião

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A reprodução do martírio de São Sebastião, amarrado a uma árvore e atravessado por flechas é uma imagem milhares de vezes retratada em quadros, pinturas e esculturas, por artistas de todos os tempos. Entretanto, nem todos sabem que o destemido Santo não morreu daquela maneira. O suplício das flechas não lhe tirou a vida, resguardada pela fé em Cristo. Vejamos como tudo aconteceu.


Sebastião nasceu em Narbônia, na Gália, atual França, mas foi criado por sua mãe em Milão, na Itália, de acordo com os registros de Santo Ambrósio. Pertencente a uma família cristã, foi batizado ainda pequenino. Mais tarde, tomou a decisão de engajar-se nas fileiras romanas e chegou a ser considerado um dos oficiais prediletos do imperador Diocleciano. Contudo, nunca deixou de ser um cristão convicto e protetor ativo dos cristãos.

 
Ele fazia tudo para ajudar os irmãos na fé, procurando revelar o Deus verdadeiro aos soldados e aos prisioneiros. Secretamente, Sebastião conseguiu converter muitos pagãos ao cristianismo. Até mesmo o governador de Roma, Cromácio, e seu filho Tibúrcio foram convertidos por ele. Em certa ocasião, Sebastião foi denunciado, pois estava contrariando o seu dever de oficial da lei. Teve então, que comparecer ante ao imperador para dar satisfações sobre o seu procedimento.


O imperador da época era ninguém menos que o sanguinário Diocleciano, que lhe dispensara admiração e confiara nele, esperando vê-lo em destacada posição no seu exército, numa brilhante carreira e por isso considerou-se traído. Levado à sua presença, Sebastião não negou sua fé. O imperador lhe deu ainda uma chance para que escolhesse entre sua fé em Cristo e o seu posto no exército romano. Ele não titubeou, ficou mesmo com Cristo. A sentença foi imediata: deveria ser amarrado a uma árvore e executado a flechadas.


Após a ordem ser executada, Sebastião foi dado como morto e ali mesmo abandonado, pela mesma guarda pretoriana que antes chefiara. Entretanto, quando uma senhora cristã foi até o local à noite, pretendendo dar-lhe um túmulo digno encontrou-o vivo! Levou-o para casa e tratou de suas feridas até vê-lo curado.


Depois, cumprindo o que lhe vinha da alma, ele mesmo se apresentou àquele imperador anunciando o poder de Nosso Senhor Jesus Cristo e censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, acusando-o de inimigo do Estado. Perplexo e irado com tamanha ousadia, o sanguinário Diocleciano o entregou à guarda pretoriana após condena-lo, desta vez, ao martírio no Circo. Sebastião foi executado então com pauladas e boladas de chumbo, sendo açoitado até a morte, no dia 20 de janeiro de 288.


Os algozes cumpriram a ordem e, para evitar a sua veneração, foi jogado numa fossa, de onde a piedosa cristã Santa Luciana o tirou, para sepulta-lo junto de São Pedro e São Paulo. Posteriormente, em 680, as relíquias foram transportadas solenemente para a Basílica de São Paulo Fora dos Muros, construída pelo imperador Constantino. Naquela ocasião em Roma a peste vitimava muita gente, mas a terrível epidemia desapareceu na hora daquela transladação. Em outras ocasiões foi constatado o mesmo fato; em 1575 em Milão, e em 1599 em Lisboa, ambas ficando livres da peste pela intercessão do glorioso mártir São Sebastião


No Brasil, diz a tradição, que no dia da festa do padroeiro, em 1565, ocorreu a batalha final que expulsou os franceses que ocupavam a cidade do Rio de Janeiro, quando São Sebastião foi visto de espada na mão entre os portugueses, mamelucos e índios, lutando contra os invasores franceses calvinistas.


Ele é o protetor da Humanidade, contra a fome, a peste e a guerra e é claro do cartão postal do Brasil, a cidade maravilhosa de São Sebastião do Rio de Janeiro.

 

SALVE SÃO SEBASTIÃO!

ROGAI PELA CIDADE/ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

AMÉM.

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Fonte do texto: Paulinas On Line