segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Dia 29.09 - Ss. Miguel, Gabriel e Rafael Arcanjos


São Miguel Arcanjo
Seu nome significa "o que é um com Deus", é considerado o chefe dos exércitos celestiais e o padroeiro da Igreja Católica Universal. É o anjo do arrependimento e da justiça. Seu nome é citado três vezes na Bíblia Sagrada:
- Primeiro no capítulo 12 do livro de Daniel, onde lemos: "Ao final dos tempos aparecerá Miguel, o grande Príncipe que defende os filhos do povo de Deus. E então os mortos ressuscitarão. Os que fizeram o bem, para a Vida Eterna, e os que fizeram o mal, para o horror eterno". - No capítulo 12 do Livro do Apocalipse encontramos o seguinte: "Houve uma grande batalha no céu. Miguel e seus anjos lutaram contra Satanás e suas legiões, que foram derrotadas, e não houve lugar para eles no céu. Foi precipitada a antiga serpente, o diabo, o sedutor do mundo. Ai da terra e do mar, porque o demônio desceu a vós com grande ira, sabendo que lhe resta pouco tempo".
- Na carta de São Judas, lê-se: "O Arcanjo Miguel, quando enfrentou o diabo, disse: "Que o Senhor o condene". Por isso São Miguel é mostrado atacando o dragão infernal.
A Igreja Católica tem uma grande devoção por São Miguel Arcanjo, especialmente para pedir-lhe que nos livre das ciladas do demônio e dos espíritos maléficos. E quando o invocamos, ele nos defende, com o grande poder que Deus lhe concedeu, e nos protege contra os perigos, as forças do mal e os inimigos.
São Gabriel Arcanjo
Seu nome significa: "Homem de Deus". É o Arcanjo da Esperança, da Anunciação, da Revelação, sendo comumente associado a uma trombeta - é a Voz de Deus, o transmissor das boas novas.
Este Arcanjo é citado várias vezes na Bíblia Sagrada. Foi ele que anunciou ao profeta Daniel a vinda do Redentor. Disse assim o profeta: "Apareceu Gabriel da parte de Deus e me falou: dentro de setenta semanas de anos (ou seja 490 anos) aparecerá o Santo dos Santos" (Dan 9).
Ao Arcanjo Gabriel foi confiada a missão mais alta que jamais haja sido confiada a alguém: anunciar a encarnação do Filho de Deus. Por isso é muito venerado desde a antigüidade. O termo de apresentação quando apareceu a Zacarias para anunciar-lhe que ia ter por filho João Batista foi este: "Eu sou Gabriel, o que está na presença de Deus" (Luc. 1, 19).
São Lucas disse: "Foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galiléia, a uma virgem chamada Maria, e chegando junto a ela, disse-lhe: "Salve Maria, cheia de graça, o Senhor está contigo". Ela ficou confusa, mas disse-lhe o anjo: "Não tenhas medo, Maria, porque estais na graça do Senhor. Conceberás um filho a quem porás o nome de Jesus. Ele será filho do Altíssimo e seu Reino não terá fim".
Segundo a tradição, Gabriel e seus anjos são os mensageiros das boas notícias, nos ajudam a dar bom rumo e direção à nossa vida, nos dão compreensão e sabedoria. É a ele que recorremos quando necessitamos desses dons.

São Rafael Arcanjo
Seu nome significa "Deus te cura". Este Arcanjo tem como sua principal característica ajudar na cura dos doentes e, por isso, é o guardião da saúde. Ele age principalmente nas instituições sociais, nos hospitais e até mesmo em casas que estejam precisando de sua ajuda.
Além de influenciar na saúde física dos seres humanos, este arcanjo também age sobre a saúde do espírito, ou seja, está sempre procurando confortar as pessoas nas horas de desespero e acalmar os sofrimentos interiores. Além disso, também é o responsável e guardião dos talentos criativos.
Na Bíblia Sagrada, o Arcanjo Rafael é citado no Livro de Tobias, que faz parte do Antigo Testamento. Foi o Arcanjo enviado por Deus para curar a cegueira de Tobias e acompanhá-lo numa longa e perigosa viagem para conseguir uma esposa. Rafael, junto a Miguel e Gabriel simbolizam a fidelidade, o poder e a glória dos anjos.


IICel, Cap.149, 197
Francisco tinha a maior veneração pelos anjos, que estão conosco no combate e que andam conosco no meio da sombra da morte. Dizia que esses companheiros devem ser reverenciados em toda parte e que devemos invocá-los como nossos guardas. Ensinava a não ofender a sua presença, e que não se devia ousar fazer diante deles o que não se faria diante dos homens. Considerando que, no coro, salmodiamos diante dos anjos, queria que todos que pudessem comparecer ao oratório, e que aí salmodiassem com sabedoria. Mas muitas vezes dizia que devemos honrar de maneira especial São Miguel, porque é o encarregado de apresentar as almas ao julgamento. Em honra de São Miguel, fazia uma quaresma de jejuns desde a festa da Assunção até a própria festa. E dizia “que, em honra de tão importante príncipe, dever-se-ia oferecer a Deus algum louvor ou algum dom especial”. (Fontes Franciscanas, pág. 426).

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Uma homenagem ao Fruto de Nossa Fraternidade em nossa Jornada Franciscana: a pequena Sofia.


Não poderíamos deixar de homenagear e agradecer ao Senhor, em nossa jornada, o fruto de nossa Fraternidade: a pequena Sofia. Primeiro fruto de nossa fraternidade, de nossos queridos irmãos Júnior e Raquel. Estiveram conosco, em nossos corações, nossas orações, louvores e preces, durante toda jornada.
Deus abençoe você Sofia, nosso lindo e amado fruto. Deus abençoe vocês, nossos amados irmãos, Júnior e Raquel. Maria lhes cubram com seu Manto Sagrado. São Francisco e Santa Clara estejam com vocês durante toda a vida.
Amamos vocês!!!

Proclamamos o Dom da Vida em nossa Jornada Franciscana


Em nossa Jornada Franciscana, ocorrida 20.09.08, à Aparecida, que celebrou os 800 anos do Carisma Franciscano, nossa fraternidade não poderia deixar de dizer seu NÃO AO ABORTO e o seu SIM A VIDA, proclamando a Palavra de nosso Deus Misericordioso, que nos enviou seu único Filho pela sempre e Bem Aventurada Virgem Maria, para nos dar a VIDA EM ABUNDÂNCIA.
Esta é nossa missão, como Franciscanos Seculares, irmos pra rua, alegremente, em todos os cantos do mundo, proclamar o maior dom que no foi dado: a VIDA!

domingo, 21 de setembro de 2008

Jornada Franciscana em Aparecida - 800 anos do Carisma Franciscano


Dia 20.09.08 celebramos, nós da Família Franciscana e simpatizantes de São Francisco e Santa Clara de Assis, 800 anos do Carisma Franciscano (1208-2008).
Partimos, em jornada, da cidade de Guaratinguetá, de nosso querido Santo Frei Galvão, à casa da Mãe Maria, em Aparecida do Norte.
O tema foi: “Com Francisco vamos à casa de Maria para celebrar a vida.”
Marcaram presença membros das três Ordens de São Francisco (Religiosos, Religiosas e Leigos (as), das ordens primeira, segunda e terceira, respectivamente. Esta última somos todos nós da Ordem Franciscana Secular. Também participaram os jovens da JUFRA – Juventude Franciscana.
Nossa Fraternidade de Nossa Senhora das Graças/SG-RJ perseverou do início ao fim, com muita alegria e entusiasmo, proclamando e celebrando o dom da vida.
Celebrando a vida, através de orações, preces e muitos louvores, caminhamos alegremente até a casa da Mãe Aparecida, onde houve o encerramento com a Santa Missa.
Todos nós da Fraternidade de Nossa Senhora das Graças agradecemos ao Deus Altíssimo por esta graça e tantas bênçãos que nos foram concedidas durante e após esta jornada.
Estamos também muito felizes por encontrarmos e saudarmos os nossos irmãos das outras fraternidades e das Ordens primeira e segunda que caminharam e caminham conosco, celebrando a vida e louvando a Deus.
Que o Pai das Misericórdias, Nossa Mãezinha Maria, São Francisco e Santa Clara e seus santos anjos nos abençoem a todos.

Paz e Bem.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A Misericórdia de Deus em minha vida


Esta semana tive a graça de experimentar a misericórdia e a graça de Deus agindo em minha vida.
Vivi, há semanas atrás, uma situação, onde uma pessoa a qual tenho muita estima me fez muito mal, devido sua insensibilidade, descaso e desprezo, a ponto de afetar seriamente a minha saúde física e emocional. É por isso que sempre digo que devemos cultivar os bons sentimentos e emoções, pois os maus causa-nos sérios danos, espirituais, emocionais e físicos. Infelizmente, eu estava muito fragilizada e me deixei afetar.
Eu entreguei minha vida de forma absoluta e incondicional ao Senhor, através da busca da conversão Evangélica, pelo cultivo de práticas constantes de orações e obras de caridade fraternas, que me levem a pureza de coração, corpo e espírito. E tenho sido contemplada com graças e dons extraordinários que jamais imaginaria receber.
Assim sendo, mais uma vez, através da oração, contemplação e muitas súplicas, roguei ao Senhor que tomasse para si e renovasse meus sentimentos, emoções, forma de agir e de pensar. Roguei que tudo que me movesse física e espiritualmente fosse a sua imagem e semelhança. Não imaginava que o resultado seria imediato.
O Senhor permitiu que eu revivesse a situação de conflito novamente e num piscar de olhos fui tomada, envolvida e agraciada pela misericórdia e a graça divina, que ouve e atende àqueles que se entregam à sua inefável doçura e confiança.
Hoje tenho a firme convicção de que não posso pôr a minha felicidade nas mãos dos homens e dos bens terrenos, mas tão somente nas mãos do Pai das Misericórdias, que agiu em minha vida de forma extraordinária.
Então louvei e agradeci tamanha graça espiritual ao Pai amoroso, carinhoso, misericordioso e único que pode suprir todas as nossas necessidades.
Nada melhor que uma “pitadinha” de humilhação, desprezo e descaso em nossas vidas para aprendermos a Amar a Santa Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo e a nossa própria cruz, sofrendo em paz os dissabores da vida e podendo então, sentir o sabor da Perfeita Alegria.
Percebo, a exemplo de Francisco, que hoje me tornou doce o que antes me parecia tão amargo, quando eu ainda estava no mundo. E o que me parecia doce, hoje se tornou miseravelmente amargo, por fazer parte de um mundo passageiro e repleto de bens temporais, fantasias e ilusões, provenientes do “Encardido”, que somente nos afastam de Deus e do seu ideal Evangélico.
Louvo ao Paizinho do céu por esse discernimento e por sua bondade de poder provar essa inefável doçura que me faz caminhar, mesmo lenta, tropeçando, caindo e levantando... porém caminhando, terna e suavemente, rumo a sua eterna morada.
Paz e Bem.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

17 de Setembro - Celebração das Chagas de São Francisco


"Francisco era um fiel servidor de Cristo. Dois anos antes de sua morte, havendo iniciado um retiro de Quaresma em honra de São Miguel num monte muito alto chamado Alverne, sentiu com maior abundância do que nunca a suavidade da contemplação celeste. Transportado até Deus num fogo de amor seráfico, e transformado por uma profunda compaixão n'Aquele que, em seus extremos de amor, quis ser crucificado, orava certa manhã numa das partes do monte.Aproximava-se a festa da Exaltação da Santa Cruz, quando ele viu descer do alto do céu, um serafim de seis asas flamejantes, o qual, num rápido vôo, chegou perto do lugar onde estava o homem de Deus. O personagem apareceu-lhe não apenas munido de asas, mas também crucificado, mãos e pés estendidos e atados a uma cruz. Duas asas elevaram-se por cima de sua cabeça, duas outras estavam abertas para o vôo, e as duas últimas cobriam-lhe o corpo.Tal aparição deixou Francisco mergulhado num profundo êxtase, enquanto em sua alma se mesclavam a tristeza e a alegria: uma alegria transbordante ao contemplar a Cristo que se lhe manifestava de uma maneira tão milagrosa e familiar, mas ao mesmo tempo uma dor imensa, pois a visão da cruz transpassava sua alma como uma espada de dor e de compaixão.Aquele que assim externamente aparecia o iluminava também internamente. Francisco compreendeu então que os sofrimentos da paixão de modo algum podem atingir um serafim que é um espírito imortal. Mas essa visão lhe fora concedida para lhe ensinar que não era o martírio do corpo, mas o amor a incendiar sua alma que deveria transformá-lo, tornando-o semelhante a Jesus crucificado.Após uma conversação familiar, que nunca foi revelada aos outros, desapareceu aquela visão, deixando-lhe o coração inflamado de um ardor seráfico e imprimindo-lhe na carne a semelhança externa com o Crucificado, como a marca de um sinete deixado na cera que o calor do fogo faz derreter.Logo começaram a aparecer em suas mãos e pés as marcas dos cravos. Via-se a cabeça desses cravos na palma da mão e no dorso dos pés; a ponta saía do outro lado. O lado direito estava marcado com uma chaga vermelha, feita por lança; da ferida corria abundante sangue. Frequentemente, molhando as roupas internas e a túnica. Fui informado disso por pessoas que viram os estigmas com os próprios olhos.Os irmãos encarregados de lavar suas roupas, constataram com toda segurança que o servo de Deus trazia, em seu lado bem como nas mãos e pés, a marca real de sua semelhança com o Crucificado". (Da Legenda Menor de São Boaventura, Capítulo 6)

"Francisco já tinha morrido para o mundo, mas Cristo estava vivo nele. As delícias do mundo eram uma cruz para ele, porque levava a cruz enraizada em seu coração. Por isso fulgiam exteriormente em sua carne os estigmas, cuja raiz tinha penetrado profundamente em seu coração". (Tomás de Celano - Vida II, 211)

O Sentido e o Significado das Chagas de São Francisco


O que ocorreu no Monte Alverne é o cume de toda uma vida, de uma busca incessante de Francisco em "seguir as pegadas de Jesus Cristo". Francisco lançou-se numa aventura, sem tréguas, na qual deu tudo de si: a vontade, a inteligência e o amor. As chagas significam que Deus é Senhor de sua vida. Deus encontrou nele a plena abertura e a máxima liberdade para sua presença.
O segundo significado das chagas é o de que Deus não é alienação para o ser humano, ao contrário, é sua plena realização e salvação. Colocando-se como centro da própria vida é que o homem se aliena e se destrói; torna-se absurdo para si mesmo no fechamento do seu 'ego'. O homem só encontra sua verdadeira identidade, sua própria consistência e o sentido de sua existência em Deus. E Francisco fez esta descoberta: Jesus Cristo foi crucificado em razão de seu amor pela humanidade - "amou-os até o fim" - , e ele percorre este mesmo caminho.
O terceiro significado: as chagas expressam que a vivência concreta do amor deixa marcas. A exemplo de Cristo, Francisco quis suportar/carregar e amar os irmãos para além do bem e do mal (amor incondicional). Essa atitude o levou a respeitar e acolher o 'negativo' dos outros mantendo a fraternidade apesar das divisões. Esse acolher e integrar o negativo da vida é a única forma de vencer o 'diabólico', rompendo com o farisaísmo e a autosuficiência, aniquilando o mal na própria carne. Só assim, o homem é de fato livre, porque não apenas suporta, mas ama e abraça o negativo que está em si e nos outros.
O quarto significado: seguir o Cristo implica em morrer um pouco a cada dia: "Quem quiser ser meu discípulo, tome a sua cruz a cada dia e me siga" (Lc 9,23). Não vivemos num mundo que queremos, mas naquele que nos é imposto. Não fazemos tudo o que desejamos, mas aquilo que é possível e permitido. Somos chamados a viver alegremente mesmo com aquilo que nos incomoda, vencendo-se a si mesmo e integrando o 'negativo', de modo que ele seja superado. Nós seremos nós mesmos na mesma medida em que formos capazes de assumir nossa cruz. As chagas de São Francisco são as chagas de Cristo, e elas nos desafiam: ninguém pode conservar-se neutro, sem resposta diante da vida.
São Francisco não contentou-se em unicamente seguir o Cristo. No seu encantamento com a pessoa do Filho de Deus, assemelhou-se e configurou-se com Ele. Este seu modo de viver está expresso na "perfeita alegria", tema central da espiritualidade franciscana: "Acima de todos os dons e graças do Espírito Santo, está o de vencer-se a si mesmo, porque dos todos outros dons não podemos nos gloriar, mas na cruz da tribulação de cada sofrimento nós podemos nos gloriar porque isso é nosso".


Por: Frei Régis G. Ribeiro Daher

sábado, 13 de setembro de 2008

Anunciar o Evangelho é isso!


Anunciar o Evangelho não é título de glória para mim; pelo contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho! Se eu o anunciasse de própria iniciativa, teria direito a um salário; no entanto, já que o faço por obrigação, desempenho um cargo que me foi confiado. Qual é então o meu salário? É que, pregando o Evangelho, eu o prego gratuitamente, sem usar dos direitos que a pregação do Evangelho me confere.
Embora eu seja livre em relação a todos, tornei-me o servo de todos, a fim de ganhar o maior número possível.
Tornei-me tudo para todos, a fim de salvar alguns a qualquer custo. Tudo isso eu faço por causa do Evangelho, para me tornar participante dele.
Vocês não sabem que no estádio todos os atletas correm, mas só um ganha o prêmio? Portanto, corram, para conseguir o prêmio. Os atletas se abstêm de tudo; eles, para ganhar uma coroa perecível; e nós, para ganharmos uma coroa imperecível.
Quanto a mim, também eu corro, mas não como quem vai sem rumo. Pratico o pugilato, mas não como quem luta contra o ar. Trato com dureza o meu corpo e o submeto, para não acontecer que eu proclame a mensagem aos outros, e eu mesmo venha a ser reprovado.

(1Cor9, 16-19. 22b-27)

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Setembro, mês da Bíblia - Francisco e o Evangelho.


Francisco parte do Evangelho, para reconstruir a vida, e parte da vida, para confrontar-se com o Evangelho. Esta opção e escolha não seria apenas viver o Evangelho, acolhê-lo em sua vida, mas também anunciá-lo ao seus irmãos.
Novamente, em seu Testamento, Francisco escreve: "E depois que o Senhor me deu irmãos, o Senhor mesmo me revelou que eu devia viver segundo a forma do Santo Evangelho" (Test 4,14).
Francisco tinha clareza quanto à sua missão: o primeiro movimento é acolher a palavra de Deus, embeber-se dela, aprofundá-la na vida, confrontar-se com ela, para ser luz no caminhar e vigor no viver. E depois, levá-la e transmiti-la ao povo de Deus.
E assim, seu dinamismo missionário impele-o a ir ao encontro de todos os homens. Diante do envio e da missão, ele sente a paixão que tem pelo anúncio da Boa Nova.
Ele sente a vocação missionária a que Deus o chamou e sente-se feliz e realizado em ser o bom samaritano a difundir esta mensagem,não só aos leprosos, mas à humanidade toda.
Com isso, não dá para falar de São Francisco de Assis sem associá-lo à Palavra de Deus. A Igreja deu a ele o título merecido de "Homo Totus Evangelicus" e Frei Hugo Baggio escreve: "Ele soube verdadeiramente sentir a Palavra, não como um conjunto de símbolos ou uma transcrição escrita de uma fala de Jesus, mas como um ser vivo, palpitante, que podia ser tocado e cujo toque provocava calafrios e cujo som como que enchia os ares. Tocar no livro que continha a Palavra de Deus era como tocar no próprio Cristo".Francisco, numa simplicidade comovente, faz com que o Evangelho volte ao centro da vida cristã e faça com que a mensagem de Cristo se transforme em vida".
Francisco teve com o Evangelho uma intimidade difícil de se compreender. Amava o Evangelho, mas ele não teria sido Francisco, se seu amor não tivesse desejado possuir o próprio livro.
Seu respeito pela Palavra era algo sagrado. Nas cartas que ditava, não permitia Francisco que se riscasse uma letra, mesmo que fosse um erro de ortografia. Recolhia com o mesmo respeito qualquer pedacinho de pergaminho que encontrava no chão.
Perguntaram-lhe, certa vez, por que tinha tanto cuidado até mesmo com obras de autores pagãos. A resposta tem um quê de surpreendente: "Porque nelas se encontram as letras que compõem o glorioso nome do Senhor". Por umas cinco vezes insiste ele, em suas cartas, em que se devem guardar respeitosamente as palavras do Evangelho, onde quer que sejam encontradas.
Francisco sentia o alcance psicológico desse simbolismo. "Devemos cuidar de tudo que encerra Sua Palavra sagrada.”
Ele não tinha necessidade dum comentário que a suavizasse. Com heróica abertura, Francisco aceitava o texto ao pé da letra, pois este já de há muito o havia empolgado. Talvez tenha ele, alguma vez, explicado a Bíblia de uma maneira por demais rigorosa - nunca, porém, branda demais.
Afinal, disse Jesus: “ Céus e terras passarão, mas a minha Palavra não passará.”

Por: Frei Atílio Abati (Extraído do livro "Francisco, um encanto de Vida", Editora Vozes) e Frei Hugo Baggio.
*Com algumas exposições de minha autoria.

sábado, 6 de setembro de 2008

Uma prova de amor


Esta rosa ofereço a cada um de vocês que entram neste blog
a procura de paz
a procura de harmonia
a procura de conforto espiritual
a procura da Palavra de Deus
a procura de um ombro amigo
cansados das barbáries e das imundícies do mundo
cansados da violência
cansados das injustiças
cansados das batalhas travadas e enfrentadas no dia-adia
cansados das angústias e sofrimentos
cansados do pecado
cansados da dor............e, portanto, em busca de Amor.
o Amor de Deus, o mais sublime de todos,ou melhor,
o único sublime de todos.
Esta rosa representa uma prova do Infinito Amor de Deus por cada um de nós.
com sua beleza
com sua pureza
com seu perfume, que penetra nosso coração
e faz dele uma morada suave e perfumada de Deus.
Dedico a vocês
Ofereço a vocês esta rosa....ofereço a vocês o Amor de Deus.

Paz e Bem.

Não estrague seu dia


A sua irritação não solucionará problema algum.
As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas.
O seu mau humor não modifica a vida.
A sua dor não impedirá que o sol brilhe sobre os bons e os maus.
A sua tristeza não iluminará seus caminhos.
O seu desânimo não edificará ninguém.
A suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade.
As suas reclamações, ainda que afetivas, jamais acrescentarão nos outros uma só grama de simpatia por você.
Não estrague o seu dia. Aprenda, com a sabedoria Divina, a desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre para o infinito bem.

Fonte: Revista Paz e Bem – OFS DO BRASIL 6/1999, pág. 187.
(Autor desconhecido)

A verdade dói


É interessante notar que o ser humano está tão acostumado às mentiras e ilusões semeadas pelo “pai da mentira”, que reage de forma negativa quando alguém resolve lhe mostrar a verdade.

Seja num grupo de oração, numa fraternidade, pastoral, movimento religioso e ate mesmo no meio familiar e social, a verdade sempre cai como uma bomba, causando mal-estar, constrangimento.

As pessoas estão acomodadas a uma realidade adaptada aos interesses pessoais, por meio de pequenas inverdades, fantasias, mascarando a realidade e quando alguém resolve por isso abaixo e trazer a luz da verdade, céus e terras estremecem! É desentendimento na certa, ou no mínimo um grande mal-estar!

Tenho percebido que muitas vezes nos pedem opinião, não porque realmente querem saber o que pensamos, mas que confirmemos aquilo que afirmam aquilo que acreditam; quando emitimos opinião diversa da esperada, lá vem atrito.

Sempre que dizemos a verdade, quebramos este mundinho particular de ilusões e mentiras onde tudo concorre para o interesse particular ou de um grupinho, com isto acabamos conquistando a raiva destes, somos mal-vistos, julgados e condenados, somos “fuzilados com os olhos”.

Entre pessoas de meu convívio, familiar, social e religioso, existe uma aversão a verdade, a realidade; por mais que alguém tenha a consciência de que esta agindo ou pensando de forma errada, não suporta admitir o erro e muito menos que lhe digam que esta errado!

Lembro-me de que no meu primeiro emprego havia um rapaz muito bacana, mas infelizmente tinha um grande defeito; não admitia ser contrariado, nunca assumia seus erros. Aliás, ele chegou a dizer que morreria sem reconhecer que errou, nunca admitiria que esteve errado.

O que percebi disso tudo, é que as pessoas são orgulhosas demais para assumir seus erros, para encarar a verdade. Por orgulho criam mentiras e ilusões, contam vantagens, optando por viver ruma vida de ilusões, uma vida adaptada aos seus interesses.


Vivemos num mundo de orgulhosos e mentirosos, que não suportam a verdade, não admitem ser contrariados, por isto a verdade os incomoda. A verdade destrói este mundo de ilusões e mentiras. Ela os desnuda, desmascara, denuncia e isto lhes causa vergonha. A vergonha por sua vez traz dor, e ninguém gosta de sentir dor, daí a razão para tanto medo da verdade; este é o grande motivo para esta aversão, este medo da verdade: ela causa dor, ela dói!

Infelizmente sustentar mentira cria um circulo vicioso porque uma mentira sempre pede outra e isto se torna um hábito. È como um viciado que precisa a cada dia a cada momento de uma nova dose de droga, e o resultado é que vivemos em meio a uma sociedade dependente drogada pela mentira, pela hipocrisia pela fuga da realidade, onde todos tentam mascarar a verdade.

Nós, porém devemos seguir nosso caminho buscando sempre o caminho da verdade, para que esta mesma verdade que provém de Jesus cristo, a verdade por excelência, nos liberte. Devemos buscar a liberdade, trilhando o caminho da verdade, sendo profetas, denunciando as mentiras e hipocrisias, doa a quem doer.

Por: Théo Freire.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Hóspede silecioso do Tabernáculo


Acolhe-me no teu silêncio,
Longe dos ruídos da agitação do mundo.
Num silêncio onde o meu ser se encontre
Na sua verdade, na sua nudez, na sua miséria,
Porque esse silêncio permite que me descubra a mim mesmo.
Acolhe-me na riqueza divina do teu silêncio, plenitude capaz de tudo cumular na minha alma.
Cala em mim o que não provém de ti,
O que não é tua presença inteiramente pura,
Solitária e pacífica!
Impõe silêncio aos meus desejos,
Aos meus caprichos, aos meus sonhos de evasão,
À violência das minhas paixões.
Cobre com teu silêncio a voz
Das minhas reivindicações e das minhas lamúrias.
Impregna com teu silêncio
Minha natureza demasiado impaciente para calar,
Demasiado inclinada à ação exterior e ruidosa.
Impõe até mesmo teu silêncio à minha oração,
A fim de que seja puro impulso na tua direção.
Faz descer teu silêncio até o fundo do meu ser
E faz subir de novo esse silêncio
Para ti em homenagem de amor!

Fonte: Revista Paz e Bem – OFS DO BRASIL 6/1999, pág.182
P. Theeuws, v.g / Tradução de Marisa de Morin P. de Mello - OFS

terça-feira, 2 de setembro de 2008

As ovelhinhas desgarradas


As ovelhinhas desgarradas

“Que vos parece? Se um homem possui cem ovelhas e uma delas se extravia, não deixa ele as noventa e nove nos montes e vai à procura da extraviada?”( Mt 18, )

Sinto meu coração em chagas ao ver pessoas que foram criadas praticamente dentro da Igreja, hoje tão afastadas do ideal Evangélico.
Penso no que poderia ter levado essas pessoas a se afastarem do que, a olhos vistos por todos que as conhecem, aparentavam ser tão felizes e agora, tão longe do nosso Rei, de nossa Rainha...de nossos Anjos e Santos intercessores e protetores, entregaram-se às vicissitudes do mundo.
Penso também na imensa dor que Jesus sente ao ver seus filhinhos tão longe de seus braços, de sua casa, de não comungarem e honrarem seu Santíssimo Sacramento. Ou se o fazem, assim fazem sem a devida honra, respeito e tudo o mais que merece quem nos dá a graça. Sei que nenhum de nós é digno e não comungamos porque assim o somos, mas porque precisamos. E se tomamos a decisão de fazê-lo, ao menos façamos com toda honra e reverência que a Ele devemos.
Tenho observado que existem “católicos festeiros”, ou seja, aqueles que se dizem católicos, mas que só aparecem na Igreja em dias de festas para servir. Então procuram um sacerdote para se confessar, depois se dirigem ao altar para receber a Eucaristia, servem em alguma atividade da Igreja e se sentem orgulhosos e exaltados por isso. Terminou a festa, somem da Igreja e “servem ao mundo”. Após isso, é só esperar nova festa cristã para começar o mesmo ritual: confessar-se, comungar, servir e “sumir”.

“Por isso, quem comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente se tornará culpado para com o corpo e o sangue do Senhor. Examine-se cada um a si mesmo, antes de comer deste pão e beber deste cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo come e bebe a própria condenação.”(1Cor11, 27-29)

Se forem pessoas que nunca tiveram um contato verdadeiro e direto com a Igreja, a cobrança seria menor por parte do Senhor. Mas pessoas que conheceram o seu Amor e o trocaram pelo “amor do mundo”! A estes, muito mais lhes será cobrado pelo que recebeu. Sei que as artimanhas do Encardido são grandes, porém, incomparáveis ao Amor e o Poder de Deus.

“ Pois a todo homem que tem será dado, e estará na superabundância; mas àquele que não tem, mesmo o que tem lhe será tirado.” (Mt 25, 29)

O que existe no mundo de tão atrativo, a ponto das pessoas que conheceram a Palavra, trocaram-na pelo que é falso e passageiro?
Muitos falam em recuperar o tempo perdido. Perder tempo é acolher o pecado, desprezando a Palavra e denegrindo seus mandamentos.
O que o mundo oferece e nos afasta do ideal evangélico é enganador, pois vem disfarçado de algo que é bom. Mas não se iludam. Tudo isso passa.
O prazer e a alegria que um cristão busca está num Reino que jamais terá fim. Onde não há lágrimas, nem dor, nem tribulação, muito menos falsos prazeres, falsas alegrias, falsos sentimentos. A verdadeira felicidade está onde mora o Amor, que é Deus e esta não terá fim.
O que fazer para reconduzir essas ovelhinhas desgarradas ao rebanho do Senhor, quando nossas forças parecem esgotadas, sem terem alcançado resultado favorável?
Penso eu: jejum, oração e joelho no chão, pois a oração tem poder. E o poder é maior ainda quando essas pessoas são muito queridas por nós. “Nada é impossível para quem crê”. Assim fala o Senhor. Oremos todos por essas pessoas, por suas vidas, suas vocações, seus problemas e os entregamos aos desígnios de Deus e à ação do Espírito Santo. E se o Espírito de Deus nos disser que ainda há o que fazer, recomecemos, porque até agora nada fizemos.

Paz e Bem.